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Brasil

Cheias no Amazonas já afetam 140 mil pessoas e previsão indica mais chuvas

Treze municípios declararam emergência e outros trinta e seis estão em situação de alerta

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Entra ano, sai ano e o pedreiro Vilomar Macedo só tem uma certeza: ele vai ter que comprar madeira para reformar a casa. O local alaga todos os anos, com muita ou pouca chuva. "O gasto de madeira é grande. Gasta muita madeira e a madeira tá cara, você sabe muito bem disso, né? Todo ano, todo ano, todo ano tem que reformar".

No Amazonas, treze municípios declararam emergência. Outros trinta e seis estão em alerta. Mais de cento e quarenta mil pessoas sofrem com a cheia.

Em Manaus, alguns moradores abandonaram as casas. A Defesa Civil Municipal iniciou a construção de pontes para amenizar o impacto aos ribeirinhos.

"A gente já vai para estes bairros que sabe que são os primeiros. A gente precisa trabalhar antecipadamente para não ter que construir ponte debaixo d'água e evitar que as pessoas sofram com isso", disse Guilherme Figlioulo, da Defesa Civil.

Grande cheia

Apesar das constantes chuvas que caem no Amazonas nos últimos meses, o Serviço Geológico do Brasil acredita que essa não será uma enchente histórica, como aconteceu em junho de 2021, quando o nível do Rio Negro ultrapassou os 30 metros e mais de 455 mil pessoas foram atingidas. Nesta quinta-feira (1), Rio Negro marcou 27 metros e 68 centímetros.

"A tendência é de ser uma grande cheia, mas não chegando a recordes. Então em meados de junho que a gente vai ter esse alcance", disse André Martinelli, pesquisador em geociências.

A região passa pelo chamado inverno amazônico e ainda sofre os impactos deixados pelo fenômeno La Niña, que chegou ao fim em abril, mas deixou consequências. A previsão para os próximos dias ainda é de chuva.

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