Após enchentes, RS quer dobrar participação do setor de turismo no PIB gaúcho
Em entrevista exclusiva ao SBT, Eduardo Leite disse que 80% das empresas do setor tiveram sua operação afetada por causa das cheias
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Nathalia Fruet
Restaurantes, bares, pousadas que ficam no Rio Grande do Sul ainda não voltaram a ter o mesmo movimento registrado nos primeiros meses deste ano. As empresas ligadas à área do turismo são as que sofreram o efeito prolongado das enchentes que atingiram o estado em maio e junho deste ano.
Por isso, o governo gaúcho lança na próxima quinta-feira (26), em Brasília, uma campanha nacional pra atrair visitantes de fora do Estado. O governador Eduardo Leite disse ao SBT News que a atividade turística ainda não se recuperou totalmente, já que o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, segue fechado. No Rio Grande do Sul, a campanha teve início na última quarta-feira (18).
A expectativa é que a partir de 21 de outubro o terminal volte a operar com 72 voos diários, metade dos 150 que saiam de Porto Alegre antes das inundações.
O governador explicou que a operação vai ser parcial, porque os operários seguirão trabalhando para que até dezembro o aeroporto volte a operar com 100% dos voos.
Conforme Eduardo Leite, são os turistas que chegam de avião que ficam mais no Estado e, consequentemente, gastam mais. Empresários do setor esperam que o movimento nos últimos meses do ano compensa o prejuízo causado pela enchente.
Um levantamento ainda preliminar do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID, mostra que os danos econômicos ultrapassam R$ 87 bilhões, o que representa 1.8% do PIB do Estado previsto para 2024. Eduardo Leite espera que a campanha nacional de turismo ajuda o setor a médio e longo prazo.
O governo projeta que, nos próximos anos, a atividade turística represente 8% do PIB do Estado, antes da pandemia as empresas do setor eram responsáveis por 4% de tudo que o Estado produz.