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Inadimplência no pagamento de carros bate maior nível em 12 anos

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Montadoras que realizaram feirões calculam aumento de até 150% nos negócios em relação aos finais de semana anteriores, apesar do descontentamento de muitos consumidores.

Mas, se por um lado, as vendas aceleradas trouxeram bons frutos para o setor automotivo, por outro, trouxeram sérios problemas. O excesso dos negócios fechados a prazo no segmento trouxe uma retomada para cima do índice de inadimplência nos financiamentos de veículos, que bateu recordes em abril.

Como consequência, vieram outros sintomas gerados por esse verdadeiro freio após desempenho em alta velocidade. Um deles é a dificuldade de aprovar novos financiamentos, que dificultam o fechamento de novas vendas, principalmente nas revendedoras de carros seminovos e usados.

No outro, o volume de carros levados à leilão devido a dívidas com parcelas também subiu consideravelmente. Esses automóveis foram confiscados por meio da busca e apreensão solicitadas pelas financeiras em razão do calote. Para casos como estes já existe até um site para tirar devedores do sufoco.

Enquanto as revendedoras amargam maus resultados, os consumidores conseguem descontos de até 70% nos leilões. Em alguns casos, o carro sai mais barato que uma bicicleta de alta performance feita de carbono, ideal para quem faz trilhas e vendida por R$ 10 mil.
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