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São Paulo atinge 673 km de congestionamento em dia de greve no Metrô e CPTM

Lentidão foi menor do que a registrada nesta 2ª feira (27.nov) e nos picos de 5ª feira (23.nov) e 6ª feira (24.nov)

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São Paulo teve dia de lentidão e greve
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A Companha de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET-SP) registrou 673 km de lenditão nas principais vias da capital paulista às 19h desta 3ª feira (28.nov), dia em que os funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitano (CPTM) fizeram uma greve de 24 horas.

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A regiões mais afetadas foram a zona sul (189 km), a leste (168 km) e a oeste (137km). A zona norte apresentou 105 km e o Centro, 65km. 

Na greve anterior, do dia 3 de novembro,  o pico do trânsito foi às 18:30, com 767 km de extensão. 

A lentidão registrada nesta 3ª feira foi menor do que a de 2ª feira (27.nov), um dia antes da greve, que marcou 899 km de lentidão às 19h. Na semana passada, São Paulo registrou congestionamento superior a 1.000 km, na 5ª feira (23.nov) e na 6ª (24.nov).

A CET monitora um total de 20 mil km de vias.

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo informou que a greve dos trabalhadores do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) irá até a 0h desta 4ª feira (29.nov). A paralisação de 24 horas foi iniciada às 0h desta 3ª feira (28.nov) e atingiu quatro linhas do Metrô e seis da CPTM. O trânsito em São Paulo ficou intenso no início da manhã. O pico chegou a 630 km de congestionamento. Na greve anterior, ocorrida no dia 3 deste mês, o engarrafamento registrado no mesmo horário foi de 598 km. Já o pico do trânsito, no mesmo dia, foi às 18h30, com 767 km de extensão. 

Os trabalhadores prometem fazer um protesto na tarde desta 3ª feira em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

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Em nota, o sindicato alegou que a greve tem como objetivo chamar a atenção da população contra as privatizações de empresas do estado. "O governador Tarcísio acelerou o processo de privatização. No Metrô e na Fundação Casa, através dos editais de terceirização. Na Sabesp, com envio do PL que tramita em caráter de urgência na Alesp. Enquanto isso, na educação, impõe um corte de 10 bilhões", diz a nota. "Uma das principais consequências das privatizações em todo o mundo é a demissão para redução de custos. Isso ficou explícito no caso da Enel: desde que essa empresa privada assumiu o serviço de energia, reduziu em 36% o quadro de funcionários."

governador Tarcísio de Freitas afirmou em entrevista coletiva pela manhã que "as desestatizações, os estudos para concessões, não vão parar". "Não adianta fazer greve com esse mote", disse o governador. "Vamos continuar estudando, vamos continuar tocando, porque  dissemos que faríamos isso. A operação da Sabesp vai acontecer no ano que vem, podem ter certeza disso, e vai ser um grande sucesso", acrescentou. Tarcísio ressaltou que "não há conciliação possível, não há negociação, porque vamos continuar seguindo o programa de governo, vamos continuar estudando concessões e privatizações". 

Em liminar, a Justiça do Trabalho determinou que o Metrô e a CPTM deverão operar com 80% do efetivo em horários de pico (4h às 10h e 16h às 21h) e de 60% nos demais horários. Caso descumpram a determinação, cada sindicato poderá receber multa de até R$ 700 mil. No caso da Sabesp, o percentual de trabalhadores que devem atuar é de 80%.

Oficiais de Justiça estiveram nos Centros de Controle Operacional (CCO) dos setores para verificar o cumprimento da decisão judicial. Em nota, o governo paulista informou que os percentuais não vêm sendo cumpridos, com as linhas funcionando parcialmente.

Sobre a paralisação, o governador confirmou que o Metrô atingiu 88% de adesão à greve, e que não cumpriu o percentual de trabalhadores em atividade definido pela Justiça. "Vamos pegar quem desrespeitou a decisão, se foi escalado para cumprir aquela decisão. Então, estamos adstritos aos limites impostos ali pelo Judiciário, que impôs aquele percentual e nós escalamos as pessoas para cumprir aquela decisão. Se as pessoas não cumpriram, elas são passíveis de sanção. E vamos estudar qual sanção vamos aplicar", disse Tarcísio.

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