Alta temperatura e seca podem estar por trás de morte de botos no Amazonas
Mais de 120 mamíferos aquáticos foram encontrados em apenas duas semanas
Camila Stucaluc
Mais de 120 botos foram encontrados mortos em rios do Amazonas no início desta semana. O número está sendo computado pelo Instituto Mamirauá, que continua trabalhando no resgate e necrópsia dos corpos dos mamíferos aquáticos. Acredita-se que as altas temperaturas, bem como a seca extrema no estado, estejam por trás dos óbitos.
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Isso porque, além da falta da baixa de alguns rios, a temperatura da água chegou a 40ºC até três metros de profundidade na última semana, o que pode ter afetado a sobrevivência dos botos, incluindo os vermelhos e tucuxis. Segundo a organização Sea Shepherd Brasil, os animais resgatados com vida estão sendo cuidados e realocados.
Em meio ao alto número de mortes, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgão do Ministério do Meio Ambiente, informou que enviou equipes de veterinários e especialistas em mamíferos aquáticos para investigar os casos. A entidade disse ainda que protocolos sanitários foram adotados para a destinação das carcaças.
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"Até o momento, as causas das mortes não foram confirmadas, mas há indícios de que o calor e a seca histórica dos rios estejam provocando as mortes de peixes e mamíferos na região. O Instituto Chico Mendes segue reforçando as ações para identificar as causas e, com isso, adotar medidas para proteger as espécies", disse o instituo.