Exclusivo: médico de hospital no Rio é acusado de molestar duas funcionárias
De acordo com as denúncias, que ocorreram em 2019 e 2023, o médico de 76 anos cometeu os crimes dentro do hospital
SBT News
Médico e sócio de uma dos hospitais mais conhecidos do Rio de Janeiro, o Tijutrauma, na Tijuca, Maurício Guimarães Pedro foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por ato libidinoso mediante fraude contra três vítimas, entre pacientes e funcionárias.
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As denúncias, que ocorreram em 2019 e 2023, mostram que o médico de 76 anos molestou de forma contundente duas funcionárias durante o exercício da profissão dentro do hospital. Em 2019, Maurício Guimarães já havia cometido o mesmo crime contra uma paciente. Os casos foram registrados na 19ª Delegacia de Polícia (Tijuca) e na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).
O SBT News teve acesso com exclusividade ao depoimento de duas vítimas. Em abril deste ano, durante uma consulta médica, segundo o registro, Maurício puxou o body da vítima para o lado e introduziu o dedo em seu ânus e, ainda, deu dois tapas em suas nádegas e falou "rechonchuda". A mulher, então, questionou a atitude do médico que teria respondido: "você não dá não?". A vítima saiu do local e procurou imediatamente a direção para relatar o ocorrido.
Na mesma denúncia, o depoimento de uma outra mulher mostra como era o comportamento do médico. A vítima procurou uma consulta após um acidente que resultou em dores nas costelas. Durante o atendimento, o médico teria segurado o seio esquerdo da mulher. Ela, então, percebeu o abuso e se queixou com o próprio médico e com um auditor do hospital. A mulher, que também era funcionária do local, pediu demissão. Segundo a denúncia, a vítima não registrou queixa por não desejar repercussão do caso em sua vida particular
Maurício Guimarães foi ouvido pela polícia e negou as acusações. O Hospital Tijutrauma foi procurado, mas até agora não se manifestou. O médico Maurício Guimarães também não respondeu às ligações da reportagem. O espaço continua aberto para manifestações.