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Gonçalves Dias culpa PMDF por invasões do 8/1: "Aquilo não podia ter acontecido"

Ex-chefe do GSI nega omissão em depoimento à CPMI dos Atos Golpistas

Gonçalves Dias culpa PMDF por invasões do 8/1: "Aquilo não podia ter acontecido"
Gonçalves Dias (Reprodução/YouTube)
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O general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula, culpou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) pela invasão dos prédios dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.

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G. Dias, como é conhecido, é ouvido pela CPMI dos Atos Golpistas do 8/1, na manhã desta 5ª feira (31.ago). "Aquilo não podia ter acontecido. Só aconteceu porque o bloqueio era extremamente permeável", afirmou G. Dias, em dia fala inicial de interrogatório.

O ex-ministro chefe do GSI obteve do Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de ficar em silêncio em assuntos que possam incriminá-lo. Ele começou sua fala por volta das 10h, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).

G. Dias falou por cerca de 40 minutos, negou omissão na sua atuação no 8 de janeiro e detalhou pontos falhos do planejamento da polícia. "Não mandei ninguém adulterar nada", afirmou G. Dias ao negar também que tivesse omitido imagens e dados dos arquivos do Planalto.

O ex-chefe do GSI foi exonerado do cargo em abril, após imagens dos sistemas de câmera de segurança do Planalto, que não haviam sido divulgadas por autoridades, mostrarem ele interagindo com os invasores na tarde do 8 de janeiro. "Eu estava desarmado e à paisana", declarou.

A decisão do STF, assinada pelo ministro Cristiano Zanin, permite que Gonçalves Dias, interrogado como testemunha, fique em silêncio apenas em assuntos em que ele é investigado.

"O paciente não está dispensado de responder a indagações objetivas e que não tenham relação com esse conteúdo, pois, quanto às demais formulações não inseridas na proteção constitucional, todos possuem a obrigação de não faltar com a verdade", diz o texto.

O ex-ministro vai responder perguntas quando entender que os fatos não o incriminam.

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