Operação Escudo: parte das equipes de PMs não tinha câmeras corporais
Imagens gravadas pelos equipamentos já estão com o Ministério Público Estadual
SBT News
Em entrevista coletiva nesta 2ª feira (7.ago), a polícia esclareceu que 10 das 16 equipes envolvidas nas ações que resultaram em mortes durante a operação em Guarujá contavam com câmeras corporais.
As imagens, gravadas durante sete dessas ocorrências, já estão em poder do Ministério Público Estadual. Segundo a PM, a operação conta com policiais enviados de 15 batalhões de todo o estado e oito deles não contam com câmeras corporais.
Sobre as denúncias de abuso policial e tortura contra vítimas das abordagens, o coronel Pedro Luís de Souza Lopes, que é chefe da assessoria policial militar da Secretária da Segurança Pública disse que todos os corpos foram meticulosamente analisados e não há nenhuma lesão indicativa de qualquer comportamento anormal anterior aos confrontos.
Desde o início da operação, 16 pessoas acabaram mortas. 11 delas, segundo a Polícia Militar, tinham fichas criminais.
O chefe da assessoria policial militar da Secretária da Segurança Pública explicou que todo episódio que culminou com morte é objeto de um inquérito policial militar do inquérito civil e estão sendo monitorados de forma específica e pontual pelo Ministério Público.
Números do comando da PM apontam que em 10 dias, 181 pessoas foram presas. 22 armas, entre pistolas, fuzis e espingardas foram apreendidas e ainda quase 500 quilos de drogas, incluindo um carregamento de pasta base de cocaína, avaliado em mais de R$ 1 milhão.
A Operação Escudo acontece em cidades da Baixada Santista desde a noite de 28 de julho. Ela foi iniciada após a morte do soldado da ROTA, Patrick Bastos Reis, atingido por um tiro no tórax em uma favela de Guarujá. Segundo a PM, os três suspeitos de participação no crime estão presos.
Diariamente 600 PMs patrulham as comunidades e ruas de Guarujá e Santos. Segundo o comando da PM, a Operação Escudo segue sem previsão de encerramento.