Maternidades de Goiânia interrompem atendimentos por falta de recursos
Três unidades estão sem receber repasses da prefeitura de Goiânia
Três maternidades de Goiânia interromperam parcialmente os atendimentos desde 6ª feira (27.jul), e cobram dívida milionária da prefeitura de Goiânia.
Segundo a fundação de apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, que administra as maternidades, os repasses municipais estão atrasados há dois meses. A dívida total chega a R$ 67 milhões.
Os atrasos interromperam os atendimentos nas maternidades Dona Iris, Celia Câmara e Nascer Cidadão, como explica a assessora técnica da fundação, Cacilda Pedrosa: "hoje nós temos falta de recursos tanto materiais, médicos, medicamentos, profissionais, por isso os serviços eletivos nós tivemos que descontinuar por enquanto e estamos aguardando os pagamentos para restabelecer o pleno atendimento da maternidade".
Em uma reunião mediada pelo Conselho Regional de Medicina, a prefeitura se comprometeu a pagar R$ 10 milhões ainda nesta semana para que o atendimento seja retomado, mas o secretário de saúde, Durval Pedroso, reclamou da tabela de preços da fundação: "o custo efetivo de parto a quase R$ 15 mil é extremamente elevado. O contrato da prestação desses serviços tem um impacto muito grande. São mais de 1.000 partos realizados nessas maternidades. O custo disso é muito alto do município e precisa ser reavaliado".