Caso Marielle: Vereadora era monitorada desde 2017; assassinato ocorreu um ano depois
Em delação, Élcio de Queiroz conta detalhes do plano para executar a parlamentar

SBT News
O ex-policial militar Élcio de Queiroz -- que está preso preventivamente por suposta participação no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes -- fez um acordo de delação premiada para dar detalhes do crime e, em troca, receber algum benefício caso seja condenado. O ex-PM deu depoimento acompanhado de sua advogada, Ana Paula de Araújo Fonseca Cordeiro.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Queiroz contou que Ronnie Lessa -- que também teria envolvimento no homicídio da vereadora -- tinha um "plano para executar uma mulher". De acordo com o ex-PM, houve ações do grupo para vigiar os passos de Marielle. Participavam das campanas Lessa, o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, o Suel, e o PM Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé, assassinado em 2021.
"Uma vigilância buscando uma janela de oportunidade", explicou Queiroz. "Eles estavam justamente na missão, tanto que um estava com a metralhadora MP5 e outro com a função... com a AK47, com a função de fazer sempre a contenção do local", descreveu.
Na delação, Queiroz afirmou ainda que houve uma primeira tentativa de assassinar a vereadora, com a ajuda de Lessa. "Nessa época aí, já um tempo 'campanando' esse alvo e teve oportunidade de chegar até esse alvo um dia, na área do Estácio. E na hora que foi pra acontecer o fato, o crime, no caso seria uma execução... O piloto do carro era o Maxwell, o atirador na frente seria o Ronnie, o outro no banco de trás seria o Macalé. Ronnie achou que houve um refugo, o carro deu um problema", contou.
Queiroz disse que Ronnie ficou chateado "justamente porque perdeu uma oportunidade, das outras vezes não teve uma oportunidade assim, tão clara como dessa vez".
Leia também: