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Crianças e adolescentes carentes do RJ sonham dançar no balé Bolshoi

A companhia russa de dança clássica tem sua única filial em todo o mundo em Joinville, Santa Catarina

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Ballet Bolshoi
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Crianças e adolescentes de comunidades do Rio de Janeiro tiveram um dia de sonhos e muita expectativa, nesta 3ª(04.jul). É que eles participaram de testes para ingressar na escola de balé mais famosa do mundo. Ao dançarem nos exames, mostraram com muita graça que só são pequenos no tamanho: têm os sonhos ainda mais largos do que os passos de dança. "Eu quero ser um grande bailarino", conta Wellington, de 9 anos. Na pergunta do repórter, ele reafirma: "Aí vai ser Wellington, bailarino do balé Bolshoi?" Sim", diz o menino. 

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Para os setenta alunos de projetos sociais do Rio de Janeiro, um só objetivo. Eles têm, na ponta dos pés, uma grande responsabilidade. "Eu treino desde que eu tinha quatro anos e aprendi muita coisa. Pra ter uma vida melhor trabalhando com o balé", conta Hadassa, de 9 anos. Para quem cuida dos passos destes meninos e meninas em direção ao sonho, a dança leva ainda mais longe. 

"Essas crianças já vivem num território extremamente vulnerável, convivem com a violência todos os dias. E essas crianças já terem acesso ao balé clássico já é uma vitória tão grande. A gente democratizar isso é incrível" - Ellen Regina da Costa Serra, fundadora do projeto ViDançar

Desistir, não é uma opção. A Emily Vitória, de nove anos, participa da prova pela segunda vez. E conta qual é o sentimento: "Nervoso", revela ela. Ao ser perguntada pela repórter se acha que vai conseguir desta vez, não tem dúvida: " Vou conseguir". 

À toda prova

O maior teste, talvez seja lidar com a ansiedade. O resultado da etapa classificatória no Rio de Janeiro será conhecido na próxima sexta-feir. E é só o começo do processo. Quem for selecionado terá que disputar com finalistas de todo o país, em outubro, uma vaga na prestigiada escola do teatro Bolshoi. A seleção rigorosa é premiada com uma bolsa integral de estudos na única filial da companhia russa em todo o mundo, localizada em Joinville, Santa Catarina. 

"Como nós temos cerca de 100 candidatos pra uma vaga, então, nós temos realmente que ir no detalhe para escolher aqueles talentos que estão mais aptos naquele ano pra se desenvolver na nossa escola e ser um grande talento da dança no futuro, pra trabalhar no mercado mundial da dança", conta Silvana Albuquerque, coordenadora da seleção do Bolshoi. 

Luís Fernando é um exemplo a ser seguido. O carioca do Complexo do Alemão foi um dos sete alunos já classificados pelo projeto ViDançar para o Bolshoi. Hoje, ele é bailarino e vive na Dinamarca. E conta o que segue aprendendo. "Aprendi, realmente, o que é o balé, aprendi como me comportar, como ser um cidadão, aprendi a ter disciplina, que é muito importante para a vida de um bailarino", diz ele. 

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