Prefeitura de Campinas (SP) investiga 3ª morte suspeita por febre maculosa
Mulher de 28 anos, moradora de Hortolândia, esteve na mesma fazenda que dentista e piloto

SBT News
Uma mulher de Hortolândia, de 28 anos, é a terceira morte suspeita por febre maculosa em Campinas (SP), informou a Secretaria Municipal de Saúde do município nesta 3ª feira (13.jun)
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Os exames dela seguem em análise no Instituto Adolfo Lutz Central (IAL), laboratório de referência.
Na 2ª feira (12.jun), o Instituto confirmou a morte da dentista e biomédica Mariana Giordano por febre maculosa. Ela e o namorado, o piloto de automobilismo Douglas Costa, faleceram na última 5ª feira (8.jun), poucos dias após participarem de um evento na Fazenda Santa Margarida, no Distrito de Joaquim Egídio, em Campinas, local provável de infecção. O material coletado de Douglas continua em análise.
Segundo a prefeitura de Campinas, a jovem de 28 anos esteve no mesmo evento e morreu na mesma data dos dois.
O governo municipal também informou que imediatamente após ser notificado dos casos, o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) desencadeou uma série de ações de prevenção, informação e mobilização contra a febre maculosa na Fazenda Santa Margarida e que nos próximos dias, "técnicos do Devisa farão uma pesquisa para verificar como está a infestação de carrapatos (pesquisa acarológica) no espaço".
Os municípios de Campinas e Piracicaba são, hoje, os dois que apresentam o maior número de casos registrados da doença. Em 2023, foram registrados 10 casos de Febre Maculosa com 4 óbitos, incluindo o da dentista e biomédica Mariana Giordano.
Febre maculosa
A Febre Maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida através da picada de uma das espécies de carrapato, ou seja, ela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato e seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta. Há no estado duas espécies da bactéria causadora da doença. Na região metropolitana da capital, há pouquíssimos registros dada a urbanização da área. No interior do estado, a doença passou a ser detectada a partir da década de 1980, nas regiões de Campinas, Piracicaba, Assis, nas regiões mais periféricas da região metropolitana de São Paulo e no litoral, mas em uma versão mais branda. O tratamento é realizado com antibiótico específico.