Senadores comentam estado de Anderson Torres na prisão: "está detonado"
Ex-ministro da Justiça está preso desde 14 de janeiro por suposta omissão nos atos de 8 de janeiro
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, recebeu, no último fim de semana (6 e 7.mai), as primeiras visitas autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-ministro está detido no Batalhão de Aviação Operacional, na região administrativa do Guará, e, segundo os senadores, encontra-se em uma "situação grave de saúde mental".
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"A situação é grave em termos de saúde mental, mas vamos trabalhar para garantir que a Constituição seja cumprida. Já ultrapassou o limite de prisão preventiva, não dá para entender ele estar tanto tempo preso dessa forma", disse o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) após visitar Torres. O parlamentar acrescentou que o ex-ministro está abatido e que "chora o tempo todo".
O mesmo foi dito pelo senador Jorge Seif (PL-SC), que, em live nas redes sociais, afirmou que Torres está magro, barbudo e abatido. "O cara está na lama, detonado, principalmente emocionalmente. Não tem um dia que nós no Senado não lamentamos o ocorrido", disse. Outros parlamentares também visitaram o ex-ministro durante o fim de semana, como Jaime Bagattoli (PL-RO) e Eduardo Girão (Novo-CE).
Visita a Anderson Torres - 06/05/2023
? ?? Jorge Seif Junior (@jorgeseifjunior) May 6, 2023
??Assista na íntegra pelo YouTube??https://t.co/NtwKYPOSQG pic.twitter.com/n42dvkusXk
Ao todo, 38 senadores foram liberados para visitar Torres, que está preso preventivamente desde o dia 14 janeiro por suposta omissão e facilitação dos atos golpistas de 8 de janeiro. As visitas acontecem aos sábados e domingos, sempre em grupos de cinco pessoas. Os senadores Flávio Bolsonaro e Marcos Do Val, por sua vez, tiveram o pedido de visita negado pelo STF, por serem considerados parte do inquérito em andamento.
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Nesta 2ª feira (8.mai), Torres deve prestar depoimento na Polícia Federal sobre as operações de bloqueio em rodovias, feitas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no segundo turno das eleições de 2022. As investigações apuram se houve interferência do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de influir nos resultados das urnas.