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Brasil

Neurocientista é preso por vender "cogumelos mágicos" em Brasília

Homem de 29 anos, formado em neurociência na Austrália, vendia produtos alucinógenos na internet

Imagem da noticia Neurocientista é preso por vender "cogumelos mágicos" em Brasília
Cogumelos foram apreendidos em operação Cogumelo Mágico da Polícia Civil
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Foi preso nesta 4ª feira (26.abr), no Lago Norte, área nobre de Brasília, um homem de 29 anos, que montou um laboratório completo para produção de cogumelos alucinógenos e substâncias derivadas, que eram vendidas pela internet. Ele criou uma estrutura on-line para a venda em larga escala dos produtos em um website e páginas no Instagram. Os cogumelos eram apresentados em cápsulas, extratos, culturas e também in natura.

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O autor, que não teve a identidade revelada, estudou neurociência na Austrália e cursou por quatro anos o curso de medicina na Argentina. O laboratório clandestino foi instalado em um apartamento residencial de alto padrão. A investigação da polícia durou cinco meses. A operação Cogumelo Mágico foi comandada pela Coordenação de Repressão às Drogas (CORD) da Polícia Civil do Distrito Federal.

Promessas falsas

As substâncias eram vendidas com a promessa de curar inúmeras doenças. As páginas apresentavam, inclusive, a prescrição de quantidade dos produtos de difusão ilícita fornecidos com a utilização de uma "calculadora mágica" que indicava a dosagem a ser utilizada por cada indivíduo.

Durante as buscas, os policiais encontraram equipamentos de indústria farmacêutica, estufa e equipamentos que comprovam a rotina de envase e distribuição. Foram apreendidas milhares de cápsulas e litros de produtos ilícitos, extratos vegetais e vários quilos dos cogumelos in natura. Entre os cogumelos apreendidos estão aqueles que possuem o alcaloide psilocibin, substância altamente viciante e que causa graves danos à saúde física e mental. 

Detalhes da produção e comercialização, como a organização e apresentação dos produtos, com falsos embasamentos científicos para induzir pessoas ao consumo, chamaram a atenção da polícia. Segundo o delegado responsável pela operação, o investigado organizou um esquema de produção muito detalhado.

Os policiais indentificaram transações para clientes no Brasil, de vários estados, e no exterior. Só nos últimos seis dias, foram identificadas 86 encomendas enviadas. O homem foi indiciado por tráfico de drogas, venda e exposição à venda de substância e coisas nocivas à saúde, exercício ilegal da medicina, curandeirismo e incitação ao crime. Somadas, as penas dos crimes podem chegar a 33 anos de reclusão.

Veja as fotos do material apreendido:

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Homem preso estudou medicina | Divulgação Polícia Civil 
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Material apreendido | Divulgação Polícia Civil
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Cogumelos vendidos na internet | Divulgação Polícia Civil

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