Levantamento mostra que 40% dos brasileiros já caíram em golpes
Maioria dos casos envolve operações com cartões de crédito ou de débito
Luciano Teixeira
Um levantamento mostra que 40% dos brasileiros já caíram em algum golpe, e a maioria envolveu operações com cartões de crédito ou de débito.
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O dinheiro que era pra estar na conta desapareceu. Há duas semanas o Edmilson notou o sumiço de R$ 1.350. Quando foi ao banco, viu que o cartão de débito estava bloqueado, e que uma mulher, de nome Natália, estava fazendo vários saques da conta dele através de uma maquininha. Hoje ele voltou à agência para ver se vai conseguir ter os valores ressarcidos.
"Fui procurar meus direitos, tirei o extrato, vi que estava sem o dinheiro, fui na delegacia, fiz uma ocorrência. Vou levar a queixa pra eles pra ver se eles vão me ressarcir esse dinheiro", conta Edmilson Silva Santos.
Pelo menos 86 milhões de brasileiros já foram vítimas de golpes nos cartões de débito ou crédito. É o que mostra uma pesquisa sobre fraudes financeiras no Brasil. Uma campanha alerta os consumidores sobre os vários tipos de golpes no ambiente digital.
"Sempre tomar bastante cuidado com sites, links. Sempre buscar algum tipo de certificação de que aquele é o canal oficial, seja do banco, seja da empresa. Existem alguns tipos de casos que usam as redes sociais pra fazer algum tipo de promoção, algum tipo de vantagem, para que ele clique, passe informações. Procure desconfiar de promoções e de preços muito satisfatórios", diz Patricia Camillo, gerente de prevenção a fraudes no Serasa.
O levantamento mostra ainda que 56% dos brasileiros têm medo de cair em golpes. Os mais temidos são clonagem de cartão (46%) e abertura de conta bancária (38%).
Para os especialistas, além da perda financeira e do trabalho pra reaver o dinheiro com registro de boletim de ocorrência e ação na Justiça, cair em algum tipo de fraude também traz danos emocionais que podem demorar pra serem superados.
"Há casos, por exemplo, de muitas pessoas que desenvolvem quadro depressivo, a questão da culpa. Especialmente se você cai num golpe e sua família é afetada, aí você acaba entrando num movimento de autoagressão", diz o psicólogo Wagner Rodrigues.
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