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Brasil

Estudo mostra que 36 pessoas morreram em ataques violentos a escolas desde 2002

Segundo pesquisa da Unicamp das 23 escolas atacadas nos últimos 20 anos, 82% são da rede pública

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Estudo mostra que Brasil teve pelo menos 23 ataques violentos a escolas desde 2002
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Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostrou que, desde 2002, 36 pessoas morreram em ataques de violência extrema ocorridos em 23 escolas brasileiras. As ações foram praticadas por alunos e ex-alunos, segundo o levantamento. O ataque mais recente ocorreu nesta 2ª feira (27.mar), quando um adolescente de 13 anos, armado com uma faca, matou uma professora de 71 anos e feriu outras cinco vítimas em uma instituição de ensino da cidade de São Paulo.

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De acordo com o estudo, entre os mortos estavam 24 estudantes, 5 professores, 2 profissionais de educação e outros 5 eram os próprios atiradores, que se suicidaram após cometerem os crimes.

Um dado que chama atenção, especialmente para nortear as políticas públicas de educação e de segurança, é que 82% dos colégios alvos dos ataques eram instituições públicas. Os crimes ocorreram em 12 escolas estaduais e 7 municipais, sendo uma cívico-militar. Outros 4 ataques ocorreram em instituições de ensino particulares. 

Dos autores dos ataques, o de idade avançada tinha 25 anos e era ex-aluno, já o mais jovem tinha apenas 10 anos. A arma de fogo foi utilizada por 12 indivíduos, sendo que seis tinham acesso às armas dentro de suas casas, 4 compraram de terceiros e outros dois não informaram a origem dos armamentos.

O estudo foi feito por Telma Vinha e Cleo Garcia, professora e mestranda da Faculdade de Educação da Unicamp, e não considerou os ataques que foram desbaratados antes de ocorrerem, os protagonizados por adultos, e aqueles que aconteceram sem planejamentos prévios, como em caso de brigas entre estudantes.

De 2002 para cá, o caso mais grave envolvendo ataques em escolas foi em Realengo, no Rio de Janeiro, onde 13 pessoas foram mortas no ano de 2011. O segundo foi em Suzano, em São Paulo, com nove fatalidades em 2019.

Dos 23 ataques, sete aconteceram do segundo semestre de 2022 até hoje. Ou seja, mais de 30% dos ataques aconteceram em menos de um ano.

*Estagiário sob supervisão de Roseann Kennedy.

Confira o estudo:

+ SP decreta luto oficial de 3 dias pela morte de professora em ataque a escola

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