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PF vai investigar grupo coach americano acusado de exploração sexual

Embratur formalizou pedido de investigação contra "coaches de namoro" nesta 2ª feira (20.mar)

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Embratur
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A Polícia Federal (PF) vai abrir inquérito para investigar o caso Millionaire Social Circle, grupo de coaches norte-americanos acusado de praticar atos de exploração sexual de mulheres no Brasil. A informação foi confirmada pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, após reunião com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, nesta 2ª feira (20.mar). 

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Além da investigação, a PF fará um acordo de cooperação técnica com a Embratur, para prevenir e combater a exploração sexual praticada por turistas internacionais no Brasil. A intenção, segundo Freixo, é realizar um monitoramento permanente, junto com o Departamento de Crimes Cibernéticos da PF, para evitar o surgimento das associações criminosas.

"Isso é planejado nas redes sociais. Quando você tem um departamento bem equipado, bem profissionalizado como a Polícia Federal tem, de investigação de crime cibernético, isso facilita. Vamos trabalhar com a PF para detectar possíveis grupos que trabalham com o mesmo perfil, sendo nacionais ou internacionais, porque não nos interessa esse perfil criminoso relacionado ao turismo brasileiro", disse em entrevista ao Poder Expresso no SBT News.  

O caso já é investigado pela Polícia Civil de São Paulo e foi registrado no estado com acusação de "favorecimento de prostituição ou outra forma de exploração sexual e agenciar, aliciar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher exploração sexual". 

"Coaches de namoro" 

Na internet, os representantes do grupo de "coach de conquista" se apresentavam como Mike Pickup Alpha e David Bond, mas os nomes reais são Ziqiang Ke e Steven Mapel. A dupla de estrangeiros prometia fazer com que homens se especializassem na conquista de mulheres. O valor do treinamento variava de R$60 mil a R$260 mil reais, com foco em homens de alto poder aquisitivo em países como Colômbia, Costa Rica, Filipinas, Tailândia e Brasil.

No Brasil, o "treinamento" aconteceu no mês passado e incluiu uma festa numa mansão no Morumbi, Zona Sul de São Paulo. Só que as mulheres que foram convidadas não sabiam que eram cobaias das técnicas de paquera. Elas também denunciaram que foram filmadas sem autorização.  

"Essas cenas provocam nojo, são cenas que provocam asco, são repugnantes. O Brasil não é um quintal para que essas pessoas possam vir aqui fazer o que eles não fazem nos seus países. A mulher brasileira não é um objeto, um ser exótico para ser explorado", disse o presidente da Embratur. 

Para as mulheres era oferecido transporte gratuito, bebida e comida à vontade. Já os inscritos do curso receberam um kit com camisinhas, pílulas do dia seguinte e até mesmo perfumes que supostamente exalam substâncias para chamar a atenção das mulheres.

Assista à entrevista com Marcelo Freixo, presidente da Embratur:

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