Ministro da Justiça anuncia hoje recursos para segurança do RN
Flávio Dino chegou ontem à capital Natal e já ouviu pedidos da governadora; veja
Ao desembarcar em Natal na noite deste domingo (19.mar), para acompanhar as ações da Força Nacional no enfrentamento à onda de ataques que levou pânico a pelo menos 40 cidades do Rio Grande do Norte, o ministro da Justiça, Flávio Dino, prometeu investimentos no sistema penitenciário do estado. A ida dele havia sido anunciada para esta 2ª feira, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas teve de ser antecipada, devido à persistência e da gravidade dos ataques.
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Pouco tempo após chegar à capital, o ministro se reuniu com a governadora Fátima Bezerra (PT). As autoridades do RN esperam que Dino anuncie investimentos robustos na segurança local nesta segunda. A governadora já disse que o Rio Grande do Norte precisa de mais dinheiro e mais policiais para garantir a segurança da população e a manutenção adequada do sistema prisional.
"Posso afirmar que o cronograma é imediato, não são recursos que dependam da votação de leis ou de previsão orçamentária", garante o ministro.
"São recursos que o Ministério da Justiça dispõe, tanto na área de segurança pública, quanto na área penitenciária e, neste momento, o Rio Grande do Norte é uma prioridade nacional. Isso será anunciado amanhã, e o cronograma dependerá dessa parceria com o governo do estado", acrescentou.
Garantia de Lei e da Ordem
Flávio Dino disse que foram enviados cerca de 700 policiais das várias forças federais ao RN, o que representa um investimento de mais de R$ 5,3 milhões. Ele afirmou ainda que o uso do mecanismo da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que inclui a convocação das Forças Armadas, não é considerado neste momento. A governadora também já se manifestou contra o uso do recurso.
- Ataques começaram na terça-feira (14.mar)
- Quadrilhas fizeram ao menos 252 atos de violência
- Ao menos 40 cidades estão sob clima de tensão
Desde 3ª feira, (14.mar) o estado sofre uma onda de ataques coordenados por líderes de duas facções rivais que se uniram -- o chamado Sindicato do Crime e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Eles disputam a rota internacional do tráfico de drogas a partir do RN, mas se juntaram em resposta às prisões e transferência de membros das duas quadrilhas, para presídios federais.
Somente na semana passada, as forças de segurança transferiram nove líderes dos dois grupos, para o Sistema Penitenciário Federal, onde ficarão isolados de qualquer contato entre si e com membros das facções.
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