Ibaneis reassume governo do DF e diz que afastamento foi necessário
Ele diz que houve "apagão" das polícias e isenta Anderson Torres da responsabilidade sobre falhas
José Marcelo Santos
Depois de 64 dias de afastamento, por determinação do Supremo Tribunal Federal, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB) reassumiu o cargo nesta 5ª feira. O afastamento foi por suspeita de omissão dele em relação à ação das forças de segurança diante dos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.
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Na primeira entrevista coletiva ao reassumir as funções no Palácio do Buriti, sede do governo do DF, Ibaneis falou sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, em afastá-lo do cargo.
"Foram dias muito difíceis, mas esse afastamento que tivemos ao longo desse período foi necessário. A invasão dos prédios do Congresso, do STF e Palácio do Planalto foram significativos para a história desse país", declarou.
Ibaneis Rocha classificou como "apagão" a ação das forças de segurança diante da manifestação.
"Houve um relaxamento geral. A Força Nacional também não atuou", afirmou.
Ele o ex-ministro e ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, também suspeito de omissão.
"Na minha visão, não foi culpa do Anderson. Talvez, se ele tivesse sido alertado antes. Acredito que o 8 de janeiro tem que ser lembrado, mas não foi culpa só do Anderson e tenho certeza que a investigação vai apurar isso".
Ibaneis Rocha reassume o GDF por determinação do mesmo ministro que o afastou. Alexandre de Moraes revogou a decisão por considerar que ele não gera nenhum obstáculo às as investigações.
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