Imagens aéreas mostram como está acampamento em frente ao QG do Exército
Número de barracas e pessoas caiu; Dino diz que prazo para desmobilização pacífica acaba nesta 5ª
Rafaela Vivas
A quatro dias da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) seguem acampados em frente ao Quartel-General do Exército no Setor Militar Urbano (SMU), numa área localizado no centro de Brasília. Há quase dois meses, centenas de pessoas driblam frio e chuva, exibem faixas de apoio ao presidente derrotado nas urnas e pedidos de intervenção militar. No entanto, nos últimos dias, o número de bolsonaristas, carros e barracas diminuiu.
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Imagens exclusivas feitas pelo cinegrafista do SBT Rogério Silva, nesta 4ª feira (28.dez), mostram a queda na movimentação de pessoas acampadas. Cenário de ensaios fotográficos de casamento e gestantes, a área no gramado ao lado da Praça dos Cristais -- em frente ao QG, ponto turístico da cidade -- virou lama. O trânsito de carros devastou o jardim e a vegetação local. A área foi tomada pelo lixo e restos de estruturas abandonadas. As residências temporárias se transformaram em tacos de madeiras espalhados no chão. O caminhão do Serviço Urbano de Limpeza (SLU) tem passado pelo local para recolher os resíduos, mas a atuação não é suficiente.
Fim do acampamento
Nesta 3ª feira (27.dez) o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou que o GDF se articula com o Exército para acelerar a desmobilização. De acordo com o chefe do Executivo local, já foram retiradas 40 barracas, e a ideia é que até o dia da posse, 1º de janeiro, haja redução "de forma natural".
Já futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou ao SBT News que o limite para que o acampamento seja desmontado de forma pacífica é esta 5ª feira (29.dez).