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Mais de 200 pontos de bloqueio ainda são registrados em rodovias

Manifestantes que não aceitam o resultado das eleições causam transtornos pelo país

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caminhoes
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Manifestantes que não aceitam o resultado da eleição para presidente seguem causando transtornos e ainda fazem bloqueios em mais de 200 pontos pelas rodovias do país. Durante esta 3ª feira (1º.nov), outros 350 foram liberados em 20 estados e no Distrito Federal, segundo balanco da PRF.

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Governadores de 18 estados mandaram a Polícia Militar desobstruir as vias. Em São Paulo, a Tropa de Choque usou bombas de efeito moral. A Rodovia Castelo Branco, que liga a capital paulista ao interior, só foi liberada depois da ação dos policiais. Apoiadores do movimento levaram caixas de som e mantimentos para os caminhoneiros que interromperam a rodovia.

Em seguida, a Tropa de Choque precisou agir na Rodovia Régis Bittencourt, que também foi bloqueada nos dois sentidos. Os golpistas atearam fogo em pneus.

Segundo policiais, o protesto não tem nenhuma liderança, o que dificulta a negociação. Pouco depois das 14h, a pista começou a ser liberada.

Os manifestantes também murcham os pneus das carretas, o que impede a retirada desses veículos de maneira rápida. Borracheiros chegam a ser chamados, mas são ameaçados  pelos participantes do protesto. Um homem que esvaziava os pneus das carretas fugiu quando percebeu que seria filmado. A fila de carros provocou lentidão até no Rodoanel. O clima era tão tenso que teve até PM brigando com PM.

Manifestantes também bloquearam quatro faixas na Marginal Tietê, sentido à Rodovia Ayrton Senna. Outro grupo interditou parcialmente um trecho da Rodovia Hélio Smidt, e impediu o acesso ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), quase 500 passageiros deixaram de chegar ao aeroporto e 25 voos foram cancelados.

"Pode complicar o abastecimento em diversos aeroportos com a não chegada do querosene de aviação, está impedindo a chegada de tripulantes, pilotos e comissários aos aeroportos. Isso pode impactar o transporte de carga de remédios, o transporte de órgãos pra transplante", afirma Eduardo Sanovics.

Em Várzea Grande, no Mato Grosso, o protesto provocou a morte de Osmar Wichocki, de 56 anos. O empresário bateu na traseira de uma carreta parada na pista. Estradas também foram bloqueadas em Porto Alegre, Florianópolis, Brasília, Rondônia e Belém.

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