Amazônia: alerta de desmate em julho atinge 1.487 km² e empata com 2021
Número é o terceiro mais alto desde 2015 e representa uma área equivalente à cidade de São Paulo
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.A área de alertas de desmatamento na Amazônia em julho atingiu 1.487 km², um empate técnico em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 1.498 km². Os dados, divulgados nesta 6ª feira (12.ago) pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que a área de devastação é equivalente à cidade de São Paulo.
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Com o resultado, o acumulado de áreas desmatadas de 1° de agosto 2021 a 31 de julho 2022 ficou em 8.590 km², a terceira mais alta desde o início da série histórica da pesquisa, em 2015. Segundo o monitoramento, o cenário deve refletir em uma taxa oficial de devastação acima dos 10 mil km² pelo quarto ano consecutivo.
Dentre os estados que mais desmataram em julho, destaca-se o Pará, que registrou 3.072 km² (35,7% do total), seguido pelo Amazonas com 2.292 km² e Mato Grosso (1.433 km²). Apesar da queda de 2% no acumulado dos últimos 12 meses, o Inpe registrou seis meses onde o sistema de alertas de desmatamento foi recorde.
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"O que chamou atenção nos sobrevoos que realizamos neste último ano, além do avanço do desmatamento, é a quantidade de grandes áreas desmatadas em terras públicas não destinadas, em propriedades privadas e até mesmo em áreas protegidas. Isso reitera que o desmatamento da Amazônia não é fruto da pobreza, mas sim de um esquema organizado por grandes proprietários e grileiros", afirma Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil da Amazônia.