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PMs são suspeitos de tapar câmera de uniforme para esconder execução

Criminoso foi morto com tiros de fuzil durante abordagem da ROTA

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ROTA
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A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo apura o envolvimento de três policiais da ROTA na morte de um homem durante uma abordagem. Os oficiais são acusados de tapar a câmera dos uniformes para esconder a execução de Clayton Souza da Silva.

Clayton, que foi preso por roubo, furto e porte de armas, participou de um sequestro, há 10 dias, na região metropolitana de São Paulo. Durante a fuga, os bandidos roubaram o carro de Veríssimo José Cruz. "Estavam fortemente armados, com fuzis, colocaram o fuzil no meu rosto, e me arrancaram de dentro do meu veículo", ele lembra.

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Depois, o bando entrou na mata. Três criminosos escaparam, outros três foram presos. Entre eles, Clayton, assassinado durante a abordagem. Na delegacia, um dos PMs contou que o bandido levantou as mãos para se entregar, mas, em seguida, pegou uma arma, que estaria nas costas. O policial, então, disparou cinco tiros de fuzil.

Um fato, porém, chamou a atenção da própria polícia: ao ver as imagens gravadas pelas câmeras dos uniformes dos PMs, a Corregedoria da Polícia Militar percebeu que os policiais taparam de propósito o equipamento. A suspeita é que eles tenham executado o criminoso no momento em que ele estava rendido.

Para o ouvidor das Polícias de São Paulo, não há dúvidas de que os policiais da ROTA cometeram um crime. "Os policiais tentaram fraudar, portanto, um instrumento de prova. Se eles forem condenados, eles vão ser evidentemente expulsos da corporação", argumenta o ouvidor Elizeu Soares Lopes.

Segundo o inquérito policial militar, o tenente Paulo César Bezerra Mello e os cabos Edgar Ribeiro Cavalcante e Caio de Souza Cavalcante praticaram fraude processual ao obstruírem as câmeras. Eles posicionaram os fuzis na frente do equipamento, colocaram as mãos e ficaram de costas para a vítima para que não fossem registradas as imagens da execução.

A Corregedoria pediu a prisão preventiva dos três PMS, que conseguiram um habeas corpus e respondem ao processo em liberdade.

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