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Corpos de oito pessoas assassinadas por PM são enterrados no Paraná

Caso acende alerta sobre estresse no exercício da profissão

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Foram enterrados neste sábado (16.jul) os corpos das oito pessoas assassinadas por um policial militar no Paraná.

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Os corpos da esposa do soldado e de dois filhos do casal foram enterrados em Toleto, no oeste do estado. Kassiele, Miguel e Kamilli foram sepultados lado a lado. Em outro cemitério, aconteceu a despedida do irmão e da mãe idosa do policial, além da filha mais velha, Amanda, de 12 anos.

Também em Toledo foram enterrados os dois jovens assassinados a tiros por Fabiano Garcia. Eles não conheciam o policial.

Uma das execuções foi gravada por uma câmera de segurança. O adolescente Kaio Felipe, de 17 anos, dava informações ao PM quando foi baleado na cabeça.

Na 6ª feira (15.jul), após ter o corpo liberado pelo Instituto Médico Legal (IML), o soldado Fabiano Garcia, que cometeu suicídio após os crimes, foi enterrado sem velório em um túmulo distante dos parentes. Fabiano chegou a mandar um áudio à família justificando as mortes. Segundo a Polícia Militar do Paraná, ele não tinha histórico de quadro depressivo.

Casos como esse acendem um alerta sobre como o constante estresse no exercício da profissão afeta a saúde psicológica dos policias. O número de suicídios entre agentes de segurança no Brasil aumentou cerca de 55,4% entre 2022 e 2021. 

No período, 121 agentes tiraram a própria vida, especialmente os que ocupam os cargos mais baixos. No Rio de Janeiro foram 14 casos, apontou o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O marido de Tamara Costa, o PM Wanderson Fonseca Vieira, de 34 anos, cometeu suicídio em outubro do ano passado. "Ele se suicidou no portão de casa. Hoje eu e a minha filha fazemos acompanhamento psicológico. Não tem como ficar sem. Além da dor da perda, tem a dor da forma como foi", relatou à equipe do SBT.

 "É importante que haja um processo de acompanhamento. Esses transtornos mentais, a depressão principalmente, pode vir de forma silenciosa --- não só a tristeza, mas a irritabilidade, a ansiedade", afirmou a psicóloga Márcia Modesto.
 

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