Univaja defende federalização de caso Dom e Bruno
Representante dos povos do Vale do Javari afirma que crime no Amazonas envolve violação dos direitos humanos
Bruna Yamaguti
A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) defende a federalização do processo dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. A federalização de um crime consiste na possibilidade de mudar a competência da Justiça comum para a Justiça Federal, nos casos em que ficar observada grave violação de direitos humanos.
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Ao SBT News, o procurador Eliésio Marubo, da Univaja, afirmou que o caso que está sendo apurado deveria ser de competência da Justiça Federal."Por essa razão, nós entendemos que esse caso já deveria estar sobre responsabilidade exclusiva da Polícia Federal", disse.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) irá analisar se a federalização do caso envolvendo as mortes no Amazonas será solicitada, ou se será feito o desaforamento do caso, com envio para a Justiça, em Manaus (AM). Três pessoas estão presas e cinco são investigadas por participação no crime, em 5 de junho, no extremo oeste do Amazonas - região da tríplice fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia.
A falta de condições operacionais, para aprofundamento da investigação, para a instrução processual e o julgamento dos acusados, e de segurança, para autoridades e membros convocados para o Tribunal do Júri, em Tabatinga (AM), podem levar a PGR a decidir pela remoção do caso.