Pré-candidatos se manifestam sobre as denúncias de assédio na Caixa
Tebet e Ciro pedem a saída de Pedro Guimarães; Lula diz que não é procurador para comentar o caso
SBT News
Pré-candidatos à Presidência da República, Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) defenderam nesta 4ª feira (29.jun) a saída do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, do comando da estatal. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de não ter sido indagado diretamente sobre o episódio, se adiantou e disse que não iria opinar.
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Simone Tebet
A pré-candidata do MDB foi a primeira a se manifestar. Na noite desta 3ª feira (28.jun), assim que as denúncias contra o presidente da Caixa foram publicadas pelo site Metrópoles, ela foi ao Twitter e escreveu: "Assédio sexual é crime e precisa ser combatido com o rigor da lei. As denúncias contra o presidente da Caixa Econômica Federal exigem investigação e apuração rigorosas e imediatas dos fatos, principalmente por envolver uma instituição pública".
Nesta 4ª feira (29.jun), Tebet voltou a se manifestar, durante evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. "O mínimo que se exige de respeito a uma mulher num mercado de trabalho na iniciativa privada é que a respeitem na sua condição de ser."
A senadora classificou o episódio como "inadmissível" e disse que se fosse em seu governo a saída de Pedro Guimarães seria imediata: "Demissão sumária garantindo ampla defesa porque sou advogada".
A senadora afirmou ainda que a bancada feminina no Congresso ficará atenta para que caso os fatos sejam comprovados, Guimarães "possa sofrer as penalidades exigidas pela lei".
Ciro Gomes
O pré-candidato pelo PDT, no início desta 4ª, pelas redes sociais, cobrou respostas rápidas e concretas na apuração das denúncias contra Pedro Guimarães. E disse que o presidente da estatal "teria agido como um predador contumaz, uma espécie de serial killer da honra de várias funcionárias da CEF".
À tarde, no mesmo evento que Tebet participou, organizado pela CNI, Ciro Gomes defendeu a prisão do denunciado. "Uma autoridade pública que usa do seu poder para constranger sexualmente mulheres é um bandido. Tinha que ser demitido e responder pela cadeia", disse.
Lula
Pré-candidato do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista para a rádio Educadora, de Piracicaba, disse que não é procurador para comentar o caso de Guimarães. Ele não foi questionado sobre as denúncias, mas repercutiu o tema quando respondia ser contrário as privatizações de algumas empresas.
"O Banco do Brasil é essencial, a Caixa Econômica é essencial. Vocês nem perguntaram sobre o presidente da Caixa Econômica, que está sendo acusado por assédio, mas também eu não sou procurador e não sou policial", afirmou Lula.