Ao menos 14 universidades retomam ensino presencial; veja protocolos
Depois de dois anos com atividades presenciais suspensas, instituições se preparam para receber alunos
Bruna Yamaguti
Depois de dois anos no modelo de ensino remoto, universidades federais retomam as atividades presenciais e se preparam para receber alunos ansiosos com a volta às aulas. Segundo o Ministério da Educação (MEC), ao menos 14 instituições já adotam ou adotarão o ensino 100% presencial em 2022.
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Ainda de acordo com a pasta, foram disponibilizados protocolos de biossegurança para retorno às atividades, tanto para educação básica, quanto para o ensino superior. Os documentos consolidam orientações coletivas e individuais para as instituições.
No entanto, o MEC ressalta que "cabe às universidades, observando os ditames legais, avaliar e decidir quando e de que maneira as aulas presenciais devem ser retomadas de forma segura".
Na Universidade de Brasília, as aulas começam na próxima 2ª feira (6.mai). Segundo a instituição, 1.100 totens de álcool gel foram instalados em pontos estratégicos dos quatro campi. Além disso, cartazes com orientações sobre higiene e como proceder em caso de suspeita ou contaminação pelo coronavírus estão sendo afixados em todos os campi.
Na Universidade de São Paulo (USP), além dos protocolos de segurança, a Pró-Reitoria de Graduação lançou um programa para oferecer aos estudantes a oportunidade de recuperar conhecimentos que, eventualmente, não tenham sido adquiridos durante o período de isolamento social imposto pela pandemia. Quase 500 tutores desenvolverão atividades extra para auxiliar os alunos.
Já a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) retomou suas atividades presenciais em 11 de abril. Para o momento, a instituição preparou uma campanha chamada "UFMT volta com segurança". Desenvolvida no ambiente digital, a ação também contou com peças físicas.
Uso de máscaras
Apesar de não ser mais obrigatório na UnB, o uso de máscara é recomendado e incentivado pela universidade, assim como a vacinação contra a covid-19.
Na USP, a comprovação de imunização completa contra a covid (1 dose da vacina Janssen ou duas doses de qualquer outra vacina contra o coronavírus) é requerida para o acesso às salas de aula, auditórios, laboratórios e bibliotecas. A universidade também recomenda o uso de máscaras.
Segundo a infectologista Ana Helena Germóglio, independemente da obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção facial, deve-se prezar pela segurança e continuar adotando a medida, por precaução. Para ela, o monitoramento dos casos suspeitos também é importante para que haja controle do número de casos.
"Hoje em dia praticamente todas as atividades retornaram ao esquema presencial, então é incongruente ter o retorno de eventos como festas, que já estão liberados, e haver barreiras em relação a aula presencial. O que temos que fazer é monitorar os casos de covid. Isso independente se é em universidade, escola, ou qualquer serviço", ressalta a médica.