Uso de câmeras em uniformes de policiais militares do Rio causa polêmica
PMs de unidades especiais não vão usar, mesmo sendo responsáveis pelo maior número de mortes em confrontos
SBT News
Em operação desde 2ª feira (30.mai), as câmeras instaladas nos uniformes já fazem parte do dia a dia de policiais militares de oito batalhões das Zonas Sul e Norte do Rio de Janeiro. Nessa primeira fase, 1.637 aparelhos vão gravar o trabalho dos PMs nas ruas. O equipamento pode ser acionado pelo próprio agente ou pela central de monitoramento. As imagens vão ficar arquivadas por sessenta dias.
A operação das câmeras faz parte do Programa Estadual de Transparência em Ações de Segurança Pública e Defesa Civil. Um dos objetivos do projeto é reduzir a letalidade policial, através da fiscalização da atuação dos agentes.
Apesar disso, ainda não há previsão de quando as unidades especiais da Polícia Militar, que são as responsáveis pelo maior número de mortes em confrontos, irão usar as câmeras de monitoramento. De acordo com o governador do Rio, Cláudio Castro, a gravação das operações poderia expor as táticas adotadas pelos policiais.
Ao todo o governo adquiriu vinte e um mil aparelhos que deveriam ser entregues aos trinta e nove batalhões da PM até o fim do ano, de acordo com o projeto inicial, o que não deve acontecer.
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As imagens geradas pelas câmeras dos agentes poderiam ajudar a esclarecer suspeitas como as levantadas durante a operação na Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio, na semana passada. Vinte e seis pessoas morreram no confronto, na ação conjunta entre a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar do Rio. Essa foi a segunda operação mais letal da história do Estado. Moradores da comunidade denunciaram abusos e excessos por parte dos policias e mortes de inocentes.
