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Crise econômica faz crescer matrículas nas creches de São Paulo

Com reaquecimento do mercado de trabalho, mães deixam os filhos nas instituições

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mãe com bebê
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A crise econômica fez disparar, em São Paulo, a matrícula em creches de bebês com até dois meses. O número é cinco vezes maior do que em abril de 2019.

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Renata Alves, mãe do Manuel, de três meses, matriculou o filho no centro de educação infantil com apenas 30 dias de vida. "Eu pensava que ele ia ficar gripado, doente. Ele acorda cedo, eu agasalho bem e trago", relatou à equipe do SBT. Já a representante de telemarketing Silvana Guídio fez a matrícula do filho de dois meses. "Para todo mundo está díficil. A crise, tudo muito caro. Quanto mais orçamento a pessoa tiver, melhor", relatou.

Por conta da crise econômica, agravada pela pandemia da covid-19, muitas mães perderam o emprego. Agora, as oportunidades estão surgindo, especialmente no mercado informal. Sem carteira assinada, a mulher não tem direito à licença maternidade. A saída é deixar o bebê na creche, ainda que bem novo, para ir em busca de renda para a família.

Entre 2019 e 2022, o número de crianças de até dois meses matriculadas na capital paulista cresceu mais de 523%. A quantidade de bebês com até 30 dias de vida é 40 vezes maior que do três anos atrás."Nossa obrigação enquanto poder público é garantir a oferta de vagas para que a mãe possa estar no mercado de trabalho e, assim, garantir o sustento da família", afirmou o secretario municipal de educação Fernando Padula.

Segundo coordenadores pedagógicos, o processo, no entanto, não é um processo fácil. "Essa faixa estária ainda depende do leite materno, do cheiro da mamãe, que é tão característico e importante. É um desafio para a criança e a mãe. Ela se despede do filho pequeno e vai atrás daquilo que pode mudar o futuro dele", pontuou a coordenadora Erica Maria Silva.

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