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Brasil

Novos aparelhos de ar-condicionado devem consumir menos energia

Ministério de Minas e Energia lança novas diretrizes para fabricação e comercialização

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Aparelho split de ar condicionado em uma parede
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Quanto você gasta de energia elétrica com ar-condicionado? Depende de quanto você usa, da potência e da eficiência energética do aparelho.

Atualmente, aquele de menor capacidade, 9.000 BTUs, consome entre 17,1 e 17,6 quilowatt por hora. Ao levar em conta que cada kWh pode custar R$ 0,92 - valor em São Paulo - se o equipamento ficar ligado uma hora por dia, pode-se gastar em um mês R$ 471,96.

Você pode gastar menos, segundo o Ministério de Minas e Energia, que lançou nessa semana as diretrizes para modernizar os equipamentos. A resolução número 1/2022, chamada de Programa de Metas para Condicionadores de Ar, estabelece novos índices mínimos de eficência energética.

O objetivo é que o consumo de energia elétrica saia da casa dos 17 kWh e vá para os 16 kWh. O leitor mais atento, nesse momento, já deve estar pensando: quanto economizaria em dinheiro? O SBT News fez a conta e, sim, a diferença é pequena quando avaliamos a mesma proporação de uso, uma hora por dia: em torno de R$ 5. Mas, imagine se você usa a noite inteira durante o verão? Ou se você tem uma empresa que utiliza de oito a 12 horas diariamente?

A diferença mais importante é percebida quando falamos do país, que é o sexto maior mercado de aparelhos de ar-condicionado do mundo, de acordo com o Ministério. O presidente do Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficência Energética e Diretor do Departamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Carlos Príncipe, contou que até 2040 a economia pode chegar a 119 teraquilowatt por hora ou R$ 30 bilhões. Isso se a indústria investir R$ 330 milhões na modernização.

"É ousado o suficiente para melhorar a eficiência energética e conservador o suficiente para não atrapalhar o fabricante", analisa o diretor. Carlos conta que, à princípio, as indústrias resistiram, porque precisam adquirir insumos melhores e, portanto, mais caros. "Mas, a recuperação financeira é conquistada rápido, com os consumidores interessados em aparelhos melhores", pondera ele, que lembra o quanto as etiquetas sobre consumo de energia influenciam as vendas de eletrodomésticos no Brasil.

Uma das peças mais importantes do aparelho de ar-condicionado é o compressor, que suga o ar quente e o transforma em frio ou vice-versa. Hoje em dia tem equipamento inteligente, que trabalha em meia carga, é a tecnologia 'inverter'", indica Carlos. Na prática, esses compressores mudam automaticamente os níveis de operação conforme a demanda do usuário e a temperatura do ambiente.

Além de economizar energia elétrica, aparelhos com tal tecnologia emitem menos gases de efeito estufa. O ar-condicionado libera CFC. O clorofluorcarboneto está entre os mais nocivos, é aquele que impacta a camada ozônio, uma espécie de proteção natural dos raios solares. Também emite CO2. O dióxido de carbono não é dos mais perigosos, mas é o mais resistente. Fica até 800 anos na atmosfera, criando uma nuvem incolor e espessa que provoca calor.

"O Brasil pode evitar 72 milhões de toneladas de CO2. Contribuiria ainda mais para nossa matriz energética, que é uma das mais limpas do mundo", lembra Carlos.

Datas limite para fabricação e comercialização

Fabricação e importação - Etapa 1: 31/12/2022 | Etapa 2: 31/12/2025

Comercialização por Fabricantes e Importadores - Etapa 1: 31/12/2023 | Etapa 2: 31/12/2026

Comercialização por Atacadistas e Varejistas - Etapa 1: 31/12/2024 | Etapa 2: 31/12/2027

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