Servidores do Banco Central entram em greve nesta 6ª feira
Além deles, trabalhadores do INSS, Tesouro Nacional e CGU planejam paralizações
Servidores do Banco Central (BC) entram em greve por tempo indeterminado nesta 6ª feira (1°.abr) em busca de reajuste salarial. A paralisação foi decidida na Assembleia Geral Nacional (AGN), na última 2ª feira (28.mar). Desde janeiro, servidores federais de diferentes categorias realizam paralisações, entregas de cargo e agora greves. "Varia de carreira para carreira, mas o sentimento de insatisfação é generalizado", destaca Bráulio Cerqueira, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical).
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São dois motivos para a greve do Banco Central: falta de reajuste salarial e discriminação para escolha da categoria que deve receber essa recomposição. De acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), "a intensificação do movimento reivindicatório se dá após meses de tentativas frustradas, por parte da categoria, de estabelecer uma agenda negocial com o Executivo. Até aqui, porém, não há proposta oficial em relação ao reajuste e a outros pontos da Reestruturação de Carreira".
"Desde 2017, 50% dos servidores estão sem qualquer recomposição salarial, os outros 50%, desde 2019. Só no governo Bolsonaro de janeiro de 2019 até março de 2022, temos inflação acumulada de 22% a 23%, pode chegar até 30% no fim do ano, e há perda de poder de compra de 30% dos salários federais", destaca Cerqueira sobre a questão da falta de reajuste salarial em entrevista ao programa Agenda do Poder, no SBT News.
Já em relação a escolha seletiva de categoria para recomposição salarial, apontada pelo presidente da Unacon Sindical, o Orçamento de 2022 reservou R$ 1,7 bi para reajuste salarial de servidores ligados a área da segurança pública.
"O governo sinalizou uma discriminação na recomposição salarial, Sinalizou recomposição apenas para 40 mil seguidores ligados a segurança pública, que teriam reestruturação das suas carreiras com percentual de 27% de recomposição. E pros 1,1 milhão de servidores restantes, zero. Isso é inaceitável. Além da área de segurança pública, os militares tem reajuste salarial e vai ate 2023, e o governo anunciou ontem o reajuste dos benefícios para áreal militar, é inaceitável essa discriminação", destaca Cerqueira.
O Tesouro Nacional também está paralisado nesta 6ª feira (1°.abr) e na próxima 3ª feira (5.abr) vai haver uma nova paralisação. Já servidores da Controladoria-Geral da União marcaram sua paralisação para a próxima 4ª feira (6.abr). O INSS entrou em greve hoje também por tempo indeterminado.
Serviços que podem ser prejudicados com greve do BC:
- Pix
- Entrega de relatórios de estatísticas financeiras (Boletim Focus)
- Atendimento presencial para a população
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