Doria nega que ordem para esvaziar Cracolândia tenha partido do tráfico
A informação havia sido divulgada por delegado da Polícia Civil; usuários migraram para outras vias do centro de São Paulo
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O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), negou que a dispersão de usuários de drogas da região conhecida como "Cracolândia", no Centro da capital paulista, tenha sido ordenada por chefes de facções criminosas que comandam o tráfico no local.
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Em coletiva de imprensa, nesta 4ª feira (23.mar), Doria alegou que a informação, anteriormente confirmada pela Polícia Civil do estado e por fontes da Guarda Civil Metropolitana (GCM), não havia sido averiguada pelo setor de inteligência do órgão de Segurança Pública.
"A inteligência da polícia não confirma essa informação. O que há é um movimento dado pelo combate feito pela Guarda Civil Metropolitana e pelas polícias Civil e Militar em relação àquela área. Houve uma dispersão daquelas pessoas que, infelizmente, são vítimas do crack. Não há informação oficial que tenha havido qualquer manifestação de liderança de facção criminosa", afirmou o governador.
O esvaziamento da Rua Helvética, que ficou conhecida como "Cracolândia" devido ao assentamento permanente de usuários de drogas em toda sua extensão, aconteceu no último final de semana. Sem motivo aparente, ou qualquer intervenção policial, a população que vive no local deixou a região e se espalhou por outras vias do Centro da capital paulista. Um dos pontos de concentração escolhido foi a Praça Princesa Isabel.
Na 3ª feira (22.mar), o delegado da Polícia Civil, Roberto Monteiro, informou que, segundo relatos dos próprios usuários da região, a "mudança de fluxo foi ordem de uma facção criminosa".
"Nós tivemos uma notícia de que o fluxo, por ordem de uma facção criminosa, um líder, se mudou para outros locais, não só para a Praça Princesa Isabel. Nós já temos um trabalho sendo realizado de inteligência ali naquele local, como também para outros pontos, como já estava ocorrendo diante da nossa repressão ao tráfico de drogas", declarou Monteiro.
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