Moro critica pedido de investigação feito pelo MP junto ao TCU
Subprocurador-geral entrou com representação contra o ex-juiz devido a julgamento anulados
O ex-juiz e pré-candidato à Presidência da República, Sergio Moro (Podemos), criticou nesta 5ª feira (17.mar) decisão do subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, de entrar com uma representação contra o político. Por meio dela, Furtado pede que sejam investigados eventuais problemas econômicos e impactos financeiros negativos gerados no país como consequências de julgamentos sentenciados por Moro no âmbito da Lava Jato que, depois, acabaram anulados.
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"O mais curioso agora é assistir a sanha de um procurador do TCU querendo inverter o papel da Justiça no país, atribuindo a um único juiz responsabilidade por prejuízos provocados pela ação de delitos cometidos por réus condenados por corrupção em duas instâncias, levando em conta anulações de sentenças que não inocentam ninguém", afirmou Moro em nota, na qual diz ainda que a Lava Jato revelou ao país "o maior esquema de corrupção já comprovado da história mundial" e garantiu a recuperação pela Petrobras de R$ 6,17 bilhões que haviam sido desviados da companhia.
No mês passado, em outra decisão, o MP junto ao TCU pediu para que o ministro da Corte de contas Bruno Dantas determinasse a indisponibilidade de bens de Moro; de acordo com Furtado, há ''inconsistências" em documentos apresentados por Moro para comprovar a remuneração recebida da Alvarez & Marsal, consultoria responsável pela contratação do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública após sua saída do governo de Jair Bolsonaro (PL).
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