Imposto criado por Dom Pedro II continua sendo cobrado em Petrópolis
Laudêmio prevê repasse de 2,5% das vendas de imóveis aos descendentes da família imperial brasileira
Victoria Nogueira Rosa
Um imposto criado no Segundo Reinado (1840-1889) pelo imperador Dom Pedro II foi alvo de críticas após a família imperial brasileira lamentar a tragédia em Petrópolis, que deixou até o momento 140 mortos.
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Mesmo depois da Proclamação da República, o laudêmio, popularmente conhecido como a "taxa do príncipe", continuou em vigência no município, prevendo o repasse de 2,5% da venda de imóveis na região aos descendentes da família imperial. A tarifa ainda é paga por moradores dos bairros mais valorizados da cidade, considerado um "refúgio" de Dom Pedro II.
Na 6ª feira (18.fev), o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) protocolou na Câmara Federal um pedido de lei que prevê mudanças na destinação do laudêmio. Os valores arrecadados com o imposto seriam direcionados aos projetos que buscam prevenir tragédias em Petrópolis.
"Nós queremos que o dinheiro do laudêmio seja usado para prevenir e combater tragédias como a que ocorreu em Petrópolis. Esses recursos têm que atender ao interesse público e beneficiar os moradores da cidade, principalmente agora num momento de crise profunda", afirmou Freixo nas redes sociais.