Deputado e ativista LGBTQIA+ de São Paulo recebe ameaças de morte
"Irei atrás de você, suplente de baitola", diz e-mail enviado à Agripino Magalhães
O suplente de deputado estadual de São Paulo, Agripino Magalhães (MDB), que também é ativista do movimento Aliança Nacional LGBTQI+, recebeu ameaças de morte na noite de 3ª feira (25.jan). Em mensagem enviada por e-mail, o agressor dirigiu-se a ele como "bicha do ca*" e expressou o desejo de "meter uma bala na testa dele".
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Eu já tinha recebido várias ameaças anteriores, mas não como essa. Estamos tomando todas as providências judicialmente", disse Magalhães ao SBT News. Segundo ele, o responsável pela ameaça, Cristoph Sena Schlafner, atua na promoção de conteúdos para o Youtube e já possui processos por danos morais.
"Não é essa ameaça que vai nos calar. Agora que a LGBTfobia se tornou crime no Brasil, vamos denunciar todos os casos de maus tratos", afirmou o deputado. No Brasil, declarações homofóbicas podem ser enquadradas no crime de racismo. A pena é de um a três anos, podendo chegar a cinco em casos mais graves, além de multa. Caso houver divulgação do ato homofóbico em meios de comunicação, como publicações em rede social, a pena será de dois a cinco anos e multa.
+ Pancadaria entre torcedores é registrada em Pernambuco e Paraná
Atualmente, Magalhães enfrenta um processo feito contra o jogador brasileiro de futebol Neymar Júnior. Segundo ele, o atleta teria compartilhado um áudio com falas preconceituosas contra o ex-namorado da mãe, referindo-se ao homem como "viadinho". Em novembro do ano passado, o deputado também abriu uma ação contra o ex-integrante do programa Pânico, da Band, Carlinhos da Silva após o humorista fazer uma publicação de teor homofóbico nas redes sociais.