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Ciro Gomes é alvo de tentativa de agressão após protesto em SP

Grupo que cercou o político usava camisetas do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT)

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Ciro Gomes é alvo de tentativa de agressão após protesto em SP
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A manifestação contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na região da Avenida Paulista, no último sábado (2.out), terminou em tentativa de agressão ao candidato à presidência Ciro Gomes (PDT). Manifestantes com camisetas do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) tentaram jogar uma garrafa e pedaços de pau no político.

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Ciro Gomes divulgou um vídeo, neste domingo (3.out), dizendo que sabia que poderia "enfrentar a fúria de delegância de alguns radicias". Ele também destacou que "uma das maiores lições da política é que é preciso se unir acima de qualquer diferença quando se enfrenta o inimigo coletivo, inimigo mortal, inimigo do povo".

Guilherme Boulos (PSOL) se pronunciou pelas redes sociais e considerou a situação "inaceitável".

Marina Silva (Rede) também prestou solidariedade ao pré-candidato.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) postou a foto de um boneco pegando fogo na manifestação. O boneco representava o presidente. A mesma foto que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) postou nas redes sociais.

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), declarou que a tentativa de agressão a Ciro Gomes foi um "incidente lamentável" e que "isso nunca foi orientação do PT".

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) não se pronunciou sobre o incidente.

Leia a nota na íntegra:

Os partidos e entidades que assinam essa nota vêm a público lamentar e repudiar as agressões físicas sofridas por Ciro Gomes; Giselle Bezerra, sua esposa; Carlos Lupi, presidente do PDT Nacional; Antonio Neto, presidente do PDT São Paulo, entre outros dirigentes e militantes do partido.  

A emboscada em que militantes trajados com a camisa da CUT e do PT tentam agredir e jogar objetos contra Ciro e os demais não é um mero fato isolado no "02 de outubro: Fora Bolsonaro!". 

Durante toda a manifestação ocorreram ameaças, intimidação e xingamentos por parte de militantes do PCO contra dirigentes da Força Sindical, do Solidariedade, do PSB, da Rede, da UNE, do PSDB entre outras forças. Enquanto ocorriam as falas de diversos companheiros houveram vaias e xingamentos inaceitáveis em uma ato democrático, demonstrando que para alguns a democracia é um valor apenas de retórica. 

Exigimos que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados. Também cobramos o Partido dos Trabalhadores (PT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) para que tomem as providências cabíveis para que fatos como esses não voltem a se repetir. 

Em relação ao PCO, fica o nosso repúdio à organização e sua direção. E cobramos que a organização dos atos tome atitudes rígidas já que o grupo é reincidente e insiste em atacar a democracia.

Viva a democracia! 
Fora fascistas! 
Fora Bolsonaro!

Assinam:
PDT São Paulo, PSB-SP, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Juventude Socialista, PSDB São Paulo, Confederação das Mulheres do Brasil (CMB)
Juventude Pátria Livre, Cidadania São Paulo, UMES São Paulo e Federação das Mulheres Paulistas

Leia nota na íntegra das Centrais Sindicais:

Lutamos por uma nação baseada na democracia, na tolerância e no respeito ao próximo

As manifestações contra o governo Bolsonaro no dia 2 de outubro tiveram êxito e mostraram, em sua maioria, o caráter democrático do movimento. Mostraram que podemos sim realizar ações unitárias e que o campo progressista com seus partidos, sindicatos e movimentos sociais está vivo e forte.
O objetivo das nossas ações unitárias é inequivocadamente defender a nação brasileira, combater o autoritarismo e construir uma democracia que acolha e valorize o povo.
Na nota em que convocamos o ato afirmamos claramente que: "Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do nosso campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o impeachment. Não é questão de ideologia, mas sim de matemática. Neste momento, um dos mais graves da nossa história, é necessário focar no que nos une, e não no que nos separa. Para podermos continuar a ter o direito de discordar, de disputar eleições livres e de manter a nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já"
Por isso não podemos deixar de apontar um grave problema que não apenas tem se repetido, como tem aumentado nas manifestações em São Paulo: a intolerância, a postura autoritária e, pior, a violência física.
A violência que militantes do PDT e, em especial o ex-ministro Ciro Gomes, sofreram no sábado, dia 2, foi um evento totalmente repulsivo. Outros representantes do movimento sindical e popular também foram prejudicados no momento de suas falas.
Já se tornaram comuns nas manifestações contra o desgoverno de Jair Bolsonaro as provocações e os ataques de grupos minoritários sem expressão e sem representatividade.
Eles se posicionam estrategicamente em frente ao carro de som para atrapalhar todos aqueles que não seguem sua cartilha sectária. 
Parece que não está claro para eles qual o verdadeiro foco da manifestação e, com isso, nos resta concluir, que agitações como essas que prejudicam e dividem o próprio campo progressista tem apenas uma consequência: fortalecer o atual governo de extrema direita.
Não é esse o Brasil que queremos e pelo qual estamos lutando. Não queremos uma politica baseada na intolerância, na coerção, no fanatismo e na violência física. 
Queremos sim construir uma democracia onde todos e todas tenham vez e tenham voz. Uma democracia popular baseada no respeito ao próximo. 
É para isso que seguimos lutando. 
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, Ricardo Patah, presidente da UGT ? União Geral dos Trabalhadores, Antonio Neto, presidente da CSB ? Central dos Sindicatos Brasileiros, Adilson Araújo, presidente da CTB ? Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, José Reginaldo Inácio, presidente da NCST ? Nova Central Sindical de Trabalhadores e José Gozze, presidente da Pública Central do Servidor.

 

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