Governo investiga suposto vazamento de mais de 400 milhões de dados
Possível incidente foi identificado por uma empresa especializada em segurança digital e pode trazer riscos
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou ao SBT News, nesta 6ª feira (24.set), que apura o suposto vazamento de cerca de 426 milhões de dados pessoais e 109 milhões de informações de CNPJs e placas de veículos. O incidente foi identificado pelo dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe.
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De acordo com a empresa, um site público estaria disponibilizando todos os dados vazados e "qualquer pessoa com acesso à internet poderia encontrar e consultar as informações lá expostas, bastando acessar o site e fazer uma busca pelos dados desejados". No site seria possível encontrar informações como nome, CPF, endereço, gênero, data de nascimento, e-mail e renda.
"As informações estão sendo analisadas pela equipe técnica, a fim de que possa ser identificado, dentre outras questões, quem seriam os possíveis controladores de dados, se o vazamento se trata de uma coletânea de vazamentos anteriores ou inéditos e ainda, está sob análise eventual autenticidade dos dados vazados", informou a ANPD.
Emilio Simoni, executivo-chefe de segurança da PSafe, alerta para possíveis golpes: "Estamos falando de uma super base, provavelmente enriquecida a partir do compilado de outros possíveis vazamentos. Nas mãos dos cibercriminosos, esses dados são um 'prato cheio' para a aplicação de golpes de engenharia social, que é quando os golpistas utilizam essas informações para enganar as vítimas a tomar uma ação que irá prejudicá-la. Precisamos alertar a população para desconfiar ainda mais de telefonemas e mensagens que utilizem essas informações para conquistar a sua confiança", afirmou.
"Todos precisamos ficar atentos às nossas contas bancárias. É possível que surjam empréstimos, contratação de serviços, compras e até acessos não-autorizados em nosso nome. Estamos todos à mercê dos cibercriminosos. De posse indevida desses dados, é possível até mesmo que criminosos abram empresas e contas falsas em redes sociais para a aplicação de golpes", completou Simoni.
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