Caso Miguel: defesa de ex-patroa tenta culpar menino, diz mãe
Sari Corte Real prestou depoimento pela 1ª vez. Mirtes Renata acompanhou audiência
Primeiro Impacto
A ex-patroa acusada de abandonar e ocasionar a morte do menino Miguel Otávio, de 5 anos, no elevador de um prédio em Recife (PE), prestou depoimento na 4ª feira (15.set). O advogado de Sari Corte Real afirmou que as imagens das câmeras de segurança mostram que a mulher tentou convencer o garoto a sair do elevador.
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Este foi o primeiro depoimento da acusada a um juiz. A morte de Miguel aconteceu em junho de 2020, em um prédio de luxo no Cais de Santa Rita. O menino procurava pela mãe, que levava o cachorro da família de Sari para passear e, ao vê-la, caiu do 9º andar.
A mãe de Miguel, Mirtes Renata, que acompanhou a audiência no Centro Integrado da Criança e do Adolescente, disse que a defesa da mulher tentou culpar o garoto pelo que aconteceu. Parentes, amigos e integrantes de movimentos e organizações negras protestaram com faixas e cartazes, pedindo justiça ao caso.
"Não recebi nada de indenização, nada com relação a questões trabalhistas. Está andando a passos de tartaruga, mas a gente está cobrando", disse Mirtes sobre a lentidão do processo. Mirtes também afirmou que foi chamada de "ingrata" pela acusada, e uma das duas testemunhas, que também prestaram depoimento, questionaram a suposta educação que Mirtes e a avó davam ao menino. A mãe de Miguel vestia uma camiseta com os dizeres "o resto da minha vida sem meu filho".
De acordo com o advogado de Sari Corte Real, Célio Avelino, a mulher tentou convencer, por cinco minutos, o menino a sair do elevador e voltar para o apartamento. A defesa trata o caso como um "acidente", além de rebater a acusação que a cliente foi denunciada, por abandono de incapaz com resultado morte.
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