Cidade na fronteira com Peru tenta conter entrada de nova variante
Município de Benjamin Constant (AM) vê o vizinho peruano enfrentar surto de covid, principalmente entre crianças
Fernando Jordão
A cidade de Benjamin Constant (AM) -- que tem 44 mil habitantes e fica a cerca de 1,1 mil km da capital Manaus -- tem intensificado ações para evitar que uma nova variante do coronavírus entre no Brasil. Situado na fronteira, o município vê o vizinho peruano, Islândia, enfrentar um surto de covid-19, no qual alguns casos podem ter sido provocados pela cepa Lambda -- também chamada de andina --, que vem se espalhando pela América do Sul.
Nesta 4ª feira (4.ago), autoridades de saúde das duas cidades se reuniram para montar estratégias. Uma das medidas anunciadas foi aumentar a oferta de vacinas e de testes -- inclusive as análises dedicadas a descobrir a variante que provocou a infecção. Em relação às vacinas, os governos estudam aplicar o imunizante da Janssen na população que circula entre os dois municípios, um vez que ele é de dose única. Além disso, desde 21 de julho, há uma barreira sanitária na fronteira para conter a entrada de infectados.
Em julho, foram detectados 113 novos casos de covid-19 em Islândia, sendo que, no mês anterior, houve apenas uma infecção. Entre os novos diagnósticos, 62% são de crianças e adolescentes entre 1 e 16 anos. Ainda não há confirmação, contudo, sobre quantos desses casos foram causados pela variante lambda.
Em Benjamin Constant, a prefeitura diz que a doença está sob controle. Há apenas três casos diagnosticados, todos leves e sendo tratados em casa, sem necessidade de internação. De acordo com a Vigilância Epidemiológica Municipal, a barreira sanitária na fronteira seguirá funcionando por, pelo menos, mais 15 dias.
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