Devastação do fogo na floresta Amazônica é flagrada por Greenpeace
Imagens após sobrevoo na última semana de julho e dados do INPE mostram destruição por incêndios da floresta
SBT News
Fumaça, cinzas e fogo. Esses três elementos predominam nas imagens capturadas pelo Greenpeace em sobrevoo realizado no fim de julho -- entre os dias 29 e 31. Porto Velho, em Rondônia, o Parque Nacional Mapinguari, em Lábrea, no Amazonas e Apuí no mesmo estado foram alguns dos locais com registros de incêndios florestais.
Todo ano, o Greenpeace Brasil realiza uma série de sobrevoos de monitoramento, para acompanhar o avanço do desmatamento e das queimadas na Amazônia. Em julho de 2021, houve o monitoramento de pontos com alertas do Deter -- levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia -- e Prodes -- monitoramento do Desmatamento da Floresta Amazônica Brasileira por corte raso por Satélite - além de pontos de calor, do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), nos estados do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e Pará.
De acordo com os dados do Inpe Queimadas, julho registrou 4.977 focos de calor no bioma Amazônia, todos ilegais visto que o Decreto nº 10.735 proibiu o uso do fogo no Brasil desde 28 de junho de 2021.Estados como Rondônia e Acre registraram aumento no número de focos (95% e 29% respectivamente) e a situação no Amazonas segue preocupante: o estado tem se destacado no aumento da devastação e o registrado no mês é superior à média histórica.
No primeiro semestre de 2021 os alertas de desmatamento do Inpe apontam para um aumento de 17% na devastação em relação ao mesmo período de 2020, sendo que 51% do desmatamento no primeiro semestre de 2021 ocorreu em terras públicas (Florestas Públicas Não Destinadas, Unidades de Conservação e Terras Indígenas).
Confira vídeo do sobrevoo na íntegra:
Veja reportagem do SBT Brasil: