RJ: polícia faz operação contra esquema de compra de tíquetes-refeição
Estabelecimentos comerciais obtinham créditos de trabalhadores aplicando taxas abusivas e ilegais
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Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) e da Polícia Civil realizaram nesta 3ª feira (25.mai) uma operação para desarticular um esquema fraudulento de compra de tíquetes-refeição praticado por empresas no Grande Rio.
Os crimes foram descobertos em investigação iniciada pelo 13ª e o 23ª Distrito Policial após estes receberem registros de que menores de idade -- não identificados -- das comunidades do Pavão-Pavãozinho e do Complexo do Chapadão estavam repassando, a dois estabelecimentos comerciais clandestinos, os produtos que obtinham por meio de delitos praticados em bairros da zona sul da capital fluminense, como Copacabana.
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Segundo a Polícia Civil, os estabelecimentos funcionam comprando ouro e outros bens em Pavuna e Nova Iguaçu. Após irem até os locais, agentes constataram que ambos receptam joias e obtém créditos de tíquetes-refeição de trabalhadores por meio de taxas abusivas e ilegais. Em um dos endereços, uma das denuciadas foi flagrada atuando como gerente e banners com a frase "Compro Tíquetes" foram apreendidos, assim como máquinas para cartãos bancários, vales-refeição, cartões de benefícios, dinheiro, comprovantes de transação financeira, porta-documentos nos quais estava escrito "tíquetes/cartão", anotações e documentos.
As máquinas encontradas, diz a polícia, emitiam comprovantes de pagamento em nome de pessoas jurídicas e forneciam enderenços falsos de localização delas, que atuavam então como fachada e empresas fantasmas, registradas em nomes de "laranjas". O líder do grupo responsável pelo esquema criminoso utilizava empresas do ramo alimentício para viabilizar o funciomanento irregular dos estabelecimentos, as transições simuladas e a receptação de bens oriundos de crimes.
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Nas contas bancárias das empresas cujos nomes constavam nos comprovantes, os agentes descobriram ainda uma movimentação financeira incompatível com a realidade, visto que as companhias não exercem atividade comercial e apresentam endereços que não existem ou onde há, na realidade, imóveis residenciais, sem qualquer funcionário registrado. Posteriormente, a polícia identificou ainda que as quantias movimentadas fazem parte de um esquema de lavagem de dinheiro, que incorre nos crimes de usura, estelionato, receptação qualificada, delitos contra a ordem tributária e falsidade ideológica.