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Covas pediu para "seguir seu destino" após saber que doença era irreversível

Segundo João Doria, prefeito de São Paulo não queria "sobreviver superficialmente"

Covas pediu para "seguir seu destino" após saber que doença era irreversível
Bruno Covas
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), revelou que o prefeito licenciado da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), pediu aos médicos para "seguir seu destino naturalmente" após saber da irreversibilidade de sua doença. Para Doria, a decisão de Covas demonstra a "grandeza de um jovem de 41 anos, que soube viver e compreendeu a dimensão da vida com vastidão". 

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Confira a carta que Bruno Covas escreveu dois dias antes de morrer

De acordo com o governador, Bruno Covas recebeu a informação sobre seu estado de saúde no dia 7 de maio e, em conversa com a equipe médica, pediu para que o seu tratamento seguisse sem o uso de máquinas. "Ele disse aos médicos, especialmente ao David Uip, que cuidou do seu avô: quero seguir meu destino, não quero máquinas, não quero superficialidade, não quero nada além da minha existência e do período que tenho que cumprir". 

Para Doria, o prefeito se comportou de "maneira extraordinária" e teve a mesma grandeza de seu avô, Mário Covas, que morreu há 20 anos vítima de um câncer na bexiga. "Ele agiu exatamente como o seu avô ao ser indagado pelos médicos. Foi uma conversa bem difícil, mas esse foi o pedido dele e por isso ele não ficou entubado", explicou. 

Uma relação rara entre pai e filho

O governador de São Paulo também falou a respeito da relação de Bruno Covas com o filho, Tomás, seu companheiro inseparável. "Era uma relação de paixão e admiração, como raras vezes eu vi entre pai e filho [...] eu dizia ao Bruno que aquela era uma das coisas mais lindas que eu via no exercício dele como pai. É um filho acompanhando a vida do pai, torcendo pelo pai e compartilhando com o pai", disse.

Bruno Covas e o filho Tomás, de 15 anos  | Reprodução/Redes Sociais
 

Segundo João Doria, durante a sua última conversa com o prefeito, ele prometeu ajudar Tomás no que fosse necessário. "Eu assumi isso com o Bruno na segunda-feira, que foi a minha despedida, que eu ajudaria o Tomás no que fosse possível, porque eu sei o tamanho do amor que ele sentia pelo filho". 

Covas e Doria durante visita realizada na última 2ª feira (10.mai)  | Reprodução/Redes Sociais

Mário Covas também foi vítima de câncer

Mário Covas, avô de Bruno, foi diagnosticado com um câncer na bexiga e passou por procedimento para retirada do tumor em 1998. No entanto, a doença voltou em outubro de 2000 e, em janeiro de 2001, o político precisou se afastar do governo paulista para tratamento da doença, assim como o neto.

 Ele não resistiu às complicações e teve a morte confirmada em 6 de março de 2001. O corpo de Mário Covas foi enterrado no jazigo da família no Cemitério do Paquetá -- onde também foi sepultado Bruno Covas --, em Santos, no litoral paulista.

Homenagem do time do coração

O Santos Futebol Clube, time de coração de Bruno Covas, decretou luto oficial de sete dias. O presidente do clube, Andres Rueda, lamentou a morte do político e afirmou que Covas foi um santista que nos encheu de orgulho, assim como o seu avô Mário Covas".

Nas redes sociais, o time do litoral paulista prestou condolências à família e disse que Covas foi um "exemplo de luta e amor à vida nessa triste batalha contra o câncer". 
 

 

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