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Brasil

Aumenta investimentos em startups voltadas para a Indústria 4.0 no Brasil

Empresas dedicadas a implantar alta tecnologia começam a ganhar espaço no país

Imagem da noticia Aumenta investimentos em startups voltadas para a Indústria 4.0 no Brasil
Agricultura é um dos setores onde os investidores mais apostam em startups no Brasil | Divlugação/Distrito
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Ao menos 447 startups brasileiras dedicadas a nova tecnologia e transformação foram mapeadas pelo relatório de aceleradora | Divlugação/Distrito
 

O relatório aponta que startups brasileiras voltadas para a Indústria 4.0 - aquela é que voltada para inovações e alta tecnologia, para transformar indústria, produtos e serviços - captaram no ano passado cinco vezes mais investimentos do que nos anos anteriores. Além disso, o documento traz um cenário das transformações na indústria e a importância das startups para esse processo de constantes mudanças no setor.

 

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No estudo sobre o empreendedorismo de inovação brasileiro cujas soluções são direcionadas à indústria - Industria 4.0 Report 2021 divulgado pela aceleradora Distrito na 5ªfeira (28.abr) - aponta que foram US$ 61,5 milhões (R$ 332 milhões) investidos em 2020, contra US$ 11,66 milhões (R$ 63 milhões) em 2019 e US$ 15 milhões (R$ 81 milhões) em 2018 e 2017.

 O termo Indústria 4.0 tem sido usado para se referir a empresas que empregam soluções ou oferecem produtos próprios voltados para a inovação nos processos industriais, tornando possível sua digitalização, deixando preparada para os novos desafios da economia cada vez mais digital. 

 
447 startups voltadas na Indústria 4.0

Ao todo, foram mapeadas 447 startups que atuam no setor, 27,74% delas trabalham com advanced analytics, 18,12% com internet das coisas (IoT) e 10,51% com energia. Juntas, elas empregam mais de 9.000 pessoas no Brasil. Destas indústrias com soluções inovadoras, 38% são startups de inteligência artificial industrial, 30,3% para poder computacional, 23,8% estão voltadas para manufatura avançada, enquanto 8% se dedicam a interação homem-máquina.

A maior parte dessas startups brasileiras foram fundadas nos últimos quatro anos - houve um grande crescimento desde 2013, momento em que começa uma aceleração no relacionamento entre indústria e startups dete setor. E as principais empresas por categoria estão as modalidades Advanced Analytuics, Internet das Coisas (IoT), Energia, Visão Computacional, Biotecnologia, Cloud & Edge Computing, Materiais Avançados, Automação Industrial, Robótica Industrial, Blockchain, Realidade Virtual/Aumentada, Manufatura Aditiva e Werables.

 

 

Negociação nos estágios iniciais de investimento em alta

De acordo com o levantamento, existe ainda uma grande concentração de negociação de compra e venda nos estágios iniciais de investimento, como nos rounds Seed - um dos primeiros que uma startup recebe o aporte. 

Isso ajuda a compreender os valores relativamente baixos de investimento de fundos de venture capital nas startups com soluções para a indústria, posto que os valores tendem a aumentar à medida que startups avançam rumo a séries maiores de investimento - os late stages. O que indica uma margem para expansão dos valores nos próximos anos. 

 

Startups de agronegócio são as preferidas

Entre as startups que receberam mais investimentos, estão as empresas ligadas ao agronegócio, reforçando a vocação do Brasil no setor tradicional e importante para a economia. Extrativismo, indústria e tecnologias digitais estão entre as empresas que recebem atenção dos investidores.

Entre elas estão a Solinftec, que monitora todas as etapas da produção agrícola, a Agrosmart, que oferece serviços de monitoramento de lavoura, e a GlobalYeast, que oferece técnicas de fermentação sustentável.  

Vocação brasileira no setor estimula mais investimentos nas startups de agro | Dean Ricciardi/Unsplash
 

Fusões e aquisições avançam

De 2017 até o momento aconteceram 12 fusões e aquisições entre startups e grandes empresas globais, como os casos da  brasileira WEG, especializada em fabricação de motores, geradores e transformadores; e a alemã Siemens, de telecomunicações.

Além disso, ainda neste ano, a gigante da tecnologia e consultoria Accenture concluiu a aquisição da startup de automação e robótica Pollux Automation, de Santa Catarina.

"Vivemos um momento de baixa histórica da participação industrial no PIB brasileiro. Nesse contexto, vemos o ecossistema de inovação aberta como um catalisador para a digitalização da indústria brasileira, recuperando a capacidade produtiva do país", diz Gustavo Araújo, CEO do Distrito. 

Acesse abaixo o relatório sobre a indústria 4.0:

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