Alerj aprova impeachment de Witzel por unanimidade
Governador do Rio está afastado da função por 180 dias. Processo segue para comissão de 5 deputados estaduais e 5 desembargadores
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A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou nesta quarta-feira (23 set) o impeachment do governador Wilson Witzel por 69 votos a zero. Com o aval dos deputados estaduais, o processo segue para o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) para ser avaliado por uma comissão mista de 5 desembargadores e 5 deputados estaduais.
Com o resultado, Witzel está afastado do cargo por 180 dias. O governador, no entanto, já não exercia o comando do governo estadual por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A sessão durou pouco mais de 6 horas, tendo começado às 15h. Nela, deputados estaduais discursaram contra o governador e ele apresentou sua defesa por videoconferência.
Witzel é acusado de fazer parte de um esquema de desvio de dinheiro público na área da Saúde do Estado. O governador e a primeira-dama, Helena Witzel, foram denunciados pelo Ministério Público por conta do caso.
A defesa do governador
Ao governador foi disponibilizada uma hora para se defender. Por video, Witzel fez um discurso enérgico, mas já reconhecendo a derrota em plenário. "Para vossas Excelências, eu já estou condenado", disse, antecipando o resultado final da votação.
Witzel falou depois dos discursos de deputados federais presentes na sessão. Nenhum deles saiu em defesa do governador.
Em sua fala, o mandatário estadual reafirmou-se inocente e diz não ter recebido "um centavo" em dinheiro público desviado. Disse que a denúncia é "inepta" e a investigação, "rasa".
O governador também disparou contra outros nomes acusados de envolvimento na operação. Disse não ter relação comercial com o empresário Mario Peixoto. Sobre a nomeação do secretário da Saúde Edmar Santos, disse que "mal sabia que estava colocando uma raposa para tomar conta do galinheiro". Também o chamou de "bandido" e "ladrão" e disse que ele e o empresário Edson Torres estariam "bebendo vinho e rindo de nossa cara".
O governador criticou também o governo federal, dizendo que este foi "negacionista" com relação à pandemia do coronavírus. "Decretei o isolamento social e tinha deputado dessa Casa fazendo carreata contra o isolamento social. isso sim é crime de responsabilidade".
Witzel citou ainda o impeachment do ex-presidente da República Fernando Collor, dizendo que este foi absolvido em 2014 e questionou: "Quem poderá devolver o que me tiraram?"
Com o resultado, Witzel está afastado do cargo por 180 dias. O governador, no entanto, já não exercia o comando do governo estadual por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A sessão durou pouco mais de 6 horas, tendo começado às 15h. Nela, deputados estaduais discursaram contra o governador e ele apresentou sua defesa por videoconferência.
Witzel é acusado de fazer parte de um esquema de desvio de dinheiro público na área da Saúde do Estado. O governador e a primeira-dama, Helena Witzel, foram denunciados pelo Ministério Público por conta do caso.
A defesa do governador
Ao governador foi disponibilizada uma hora para se defender. Por video, Witzel fez um discurso enérgico, mas já reconhecendo a derrota em plenário. "Para vossas Excelências, eu já estou condenado", disse, antecipando o resultado final da votação.
Witzel falou depois dos discursos de deputados federais presentes na sessão. Nenhum deles saiu em defesa do governador.
Em sua fala, o mandatário estadual reafirmou-se inocente e diz não ter recebido "um centavo" em dinheiro público desviado. Disse que a denúncia é "inepta" e a investigação, "rasa".
O governador também disparou contra outros nomes acusados de envolvimento na operação. Disse não ter relação comercial com o empresário Mario Peixoto. Sobre a nomeação do secretário da Saúde Edmar Santos, disse que "mal sabia que estava colocando uma raposa para tomar conta do galinheiro". Também o chamou de "bandido" e "ladrão" e disse que ele e o empresário Edson Torres estariam "bebendo vinho e rindo de nossa cara".
O governador criticou também o governo federal, dizendo que este foi "negacionista" com relação à pandemia do coronavírus. "Decretei o isolamento social e tinha deputado dessa Casa fazendo carreata contra o isolamento social. isso sim é crime de responsabilidade".
Witzel citou ainda o impeachment do ex-presidente da República Fernando Collor, dizendo que este foi absolvido em 2014 e questionou: "Quem poderá devolver o que me tiraram?"
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