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Saúde

Diagnóstico errado: filha da cantora Tays Reis tem mão-pé-boca e não febre aftosa

Inicialmente confundida com doença rara em humanos, síndrome viral é confirmada em meio a surto na escola da criança

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A cantora Tays Reis usou as redes sociais nesta semana para relatar que sua filha foi diagnosticada inicialmente com febre aftosa, após apresentar manchas nas mãos e feridas na boca. Segundo a artista, o diagnóstico foi dado por um médico, mas horas depois a avaliação mudou: tratava-se, na verdade, da síndrome mão-pé-boca, uma infecção viral bastante comum na infância.

Tays também contou que a escola da filha havia enviado um comunicado alertando sobre um surto da doença entre os alunos, o que reforçou a necessidade de atenção.

A síndrome mão-pé-boca recebeu esse nome por conta da localização típica das lesões: bolhas e feridas que aparecem nas palmas das mãos, solas dos pés e dentro da boca. A condição é causada por vírus do grupo enterovírus e atinge principalmente crianças de até cinco anos. A transmissão ocorre pelo contato com saliva, secreções respiratórias, fezes ou lesões de pele.

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Os sintomas incluem febre, mal-estar, aftas, vômitos, diarreia e dor ao engolir. Segundo a infectologista Helmar Verlangieri, a infecção costuma ser leve e desaparece sozinha com o tempo. “Não existe vacina contra esta doença, portanto, na maior parte dos casos, tratam-se apenas os sintomas”, afirma.

A confusão inicial com a febre aftosa pode ser compreensível, já que ambas as doenças podem provocar feridas na boca. No entanto, elas têm naturezas muito distintas. A febre aftosa é uma doença típica de animais de criação, como bovinos, suínos e caprinos, e é extremamente rara em humanos. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, “a febre aftosa não oferece risco à saúde das pessoas e raramente afeta humanos, por isso não é considerada um problema relevante para a população”.

Casos de mão-pé-boca costumam surgir em surtos, especialmente em escolas e creches, durante o verão e no retorno às aulas.

A pediatra Simone Sudbrack explica que a prevenção envolve medidas simples, mas eficazes. “É importante lavar os brinquedos diariamente, evitar aglomeração de crianças na mesma sala e manter os ambientes bem ventilados”.

A médica destaca que a circulação de ar ajuda a dispersar partículas virais que podem ficar em suspensão por horas em locais fechados. Também é recomendado que crianças com sintomas fiquem em casa por cerca de sete dias ou até o desaparecimento completo das lesões, para evitar novas transmissões.

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