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Justiça

Justiça de São Paulo condena médico Nabil Ghorayeb por importunação sexual

Vítima do cardiologista é filha de uma ex-paciente do médico e foi assediada dentro do consultório dele

Imagem da noticia Justiça de São Paulo condena médico Nabil Ghorayeb por importunação sexual
nadil ghorayeb
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O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o médico Nabil Ghorayeb a um ano, um mês e 10 dias de prisão por importunação sexual. O cardiologista é acusado por seis mulheres de crimes sexuais, mas cinco casos prescreveram.

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A vítima do cardiologista é filha de uma ex-paciente do médico e foi assediada dentro do consultório dele.

"Ele me assediou com o comportamento padrão que ele vinha seguindo com outras vítimas, inicialmente, de uma forma bem sutil, elogiando a mim, fisicamente, e depois começou a tentar me agarrar", afirma a vítima.

O juiz José Paulo Camargo Magano afirmou que o assédio não foi uma "uma ação isolada do réu". De acordo com a sentença, o médico costumava assediar pacientes

A pena de Nabil poderá ser convertida em medidas de restrição como, por exemplo, não poder sair de casa depois das 22h ou comparecer mensalmente ao fórum.

Ainda segundo a sentença, funcionárias do hospital também foram ouvidas e confirmaram "investidas dele e que sabiam da sua fama de assediador sexual".

Nabil Ghorayeb atendia nos hospitais Hcor e Dante Pazzanese, que é do governo do estado. Na clínica particular, ele cobra atualmente R$ 980 pela consulta.

"A Justiça está reconhecendo cada vez mais a palavra da vítima como alicerce. Nesse caso, por exemplo, só havia os dois no consultório, não havia testemunha, reconheceu-se a força da palavra da vítima", diz Eduardo de Almeida Sampaio, advogado da mulher assediada.

O médico foi interrogado pelo juiz e negou ter assediado a filha da paciente. Perguntado sobre o depoimento das outras mulheres, ele se recusou a responder.

A administradora Barbara Leite Silva é uma das vítimas que só pode ser ouvida como testemunha. Pra ela, a sentença é um alívio, difícil é aceitar que o médico - agora condenado - ainda pode atender pacientes livremente.

"Não pode uma pessoa que pratica crimes há tantas décadas achar que nada vai acontecer. O meu crime só vai ter resposta com o Cremesp nenhuma outra esfera eu consigo essa resposta". diz Bárbara.

A defesa do médico disse que vai recorrer da sentença. O Conselho Regional de Medicina informou que investiga o caso que está sob sigilo previsto por lei.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, Nabil deixou se ser funcionário do Instituto Dante Dazzanese há quase dois anos. O Hcor esclareceu que o cardiologista foi afastado desde a abertura do processo e que os casos não aconteceram no hospital.

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