Sábado de Carnaval tem blocos clandestinos e festas sem máscara
Centenas de pessoas fizeram fila para festa do Jockey Club de São Paulo

SBT News
Mesmo com a pandemia, este sábado de Carnaval não apresentou tantas diferenças em relação aos anos anteriores. Em muitos lugares, a proibição de blocos de rua não foi respeitada e festas particulares passaram longe dos protocolos de segurança.
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A fila para a festa do Jockey Club de São Paulo com ingressos em torno de R$ 600,00 era formada por centenas de pessoas. Dificilmente alguém de máscara era visto na multidão. No centro do Rio de Janeiro, houve desfile de um bloco clandestino. Mas os locais que tradicionalmente recebem grande quantidade de foliões ficaram vazios.
Na Cinelândia, onde desfila o Cordão da Bola Preta, segundo maior bloco do mundo, quase ninguém esteve presente. A mesma situação na Avenida Rio Branco, a casa do Cacique de Ramos. Na Avenida Presidente Vargas, a concentração das escolas de samba, nenhuma alegoria, nenhum desfilante. Só os carros passando.
Na Marquês de Sapucaí, a passarela do samba, portão fechado, arquibancadas e camarotes vazios. Sem samba, sem nada. Is desfiles foram adiados para abril, por causa do receio de uma explosão de casos de covid-19, com a variante ômicron circulando por aí. Porém, curiosamente, os bailes e eventos privados de Carnaval podem acontecer normalmente.
A festa num clube da zona norte do Rio teve muita gente em clima de folia. Na capital fluminense, o uso de máscara já foi liberado em áreas externas. "Nosso samba rola aqui dentro com todas as normas de segurança, vacina, álcool em gel", disse Alexandre Xavier, presidente do Clube Renascença. Ainda de acordo com ele "o segurança não deixa passar, se não tiver a vacinação, ele não deixa passar". "Não tem esse jogo de cintura não".
Segundo a Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta), 2022 deve registrar 55% menos festas de Carnaval do que 2019, quando ainda não havia pandemia. Segundo o infectologista Mário Roberto Dal Poz, o cancelamento do Carnaval de rua e o adiamento dos desfiles na Sapucaí não são medidas tão eficazes para conter a disseminação da covid-19 se festas em ambientes fechados estão liberadas.
"O risco maior de contaminação e transmissão é em ambientes fechados. E as pessoas, num baile de Carnaval, numa festa ou num show, vão estar, muito certamente, não usando máscara, cantando, bebendo... de maneira que a possibilidade de transmissão do vírus via aérea é muito maior do que num ambiente aberto", pontuou o especialista.
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