Acusado de matar chefe do PCC, empresário conta como escapou da morte
Antes de ser detido, ele foi sentenciado pelo tribunal do crime organizado

SBT Brasil
O SBT Brasil teve acesso, com exclusividade, ao depoimento do empresário apontado como mandante do assassinato de um dos chefes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC. Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi preso, em São Paulo, na semana passada, e revelou que foi sentenciado à morte pelo tribunal do crime organizado.
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O empresário foi sequestrado 22 dias após o crime e levado para uma casa em obras, na rua Eliane Pereira Lopes, no Tatuapé, zona leste da capital paulista. Lá, Antônio Vinicius ficou como refém de três integrantes da facção criminosa que, segundo o departamento de homicídios são: Robson Granger Moura, o Moly, Rafael Maeda Pires, o Japa, e Danilo Lima de Oliveira, o Tripa - um conhecido empresário de jogadores de futebol.
Os três tiveram a prisão decretada e estão foragidos. Eles queriam que o empresário confessasse ter mandado matar Anselmo, além de descobrir se Antônio Vinicius tinha alguma viagem marcada.
O empresário tinha investido R$ 40 milhões de Anselmo em criptomoedas e o negócio não deu certo. O chefe do PCC teria ameaçado o empresário e por isso Anselmo acabou morto. Assim como fez na polícia, o empresário negou ser o mandante do crime.
Horas depois, o empresário disse que foi levado para um sobrado branco que fica em uma tranquila rua, também na zona leste. Lá, um dos integrantes da facção já esperava, de luvas, pela chegada de Antônio Vinicius. A sentença seria matar e esquartejar o empresário, o que só não aconteceu por causa da chegada de um outro homem do PCC.
Claudio Marcos de Almeida, conhecido como Django, mandou soltar o empresário. Dali, Antonio Vinicius voltou pra casa, em um prédio de luxo, e não saiu mais até ser preso por policiais do departamento de homicídios, há uma semana. Antes disso, Django esteve no prédio pra cobrar o dinheiro dele que o empresário também tinha investido em criptomoedas.
Como resultado disso, Django foi assassinado pela facção porque teria impedido a morte do empresário para salvar o próprio dinheiro. O corpo dele foi encontrado embaixo de um viaduto na Penha, zona leste de São Paulo.
O departamento de homicídios pretende interrogar novamente Antônio Vinicius. Apesar das muitas dúvidas, uma certeza os policiais já têm, os chefões do PCC, quem diria, foram vítimas de criminosos que investiram o lucro do tráfico de drogas no arriscado negócio das criptomoedas.
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