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Saúde

Tomar anticoagulantes dias após um AVC reduz risco de novos casos, aponta estudo

Além disso, não aumenta a chance de sangramento no cérebro, uma das maiores preocupações quando se trata desse tipo de medicamento; entenda

Imagem da noticia Tomar anticoagulantes dias após um AVC reduz risco de novos casos, aponta estudo
Pesquisa analisou os dados de mais de 5.400 pessoas | Freepik
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Começar o uso de anticoagulantes até quatro dias após um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico pode reduzir significativamente o risco de um segundo episódio. Essa foi a conclusão de um estudo publicado na revista The Lancet, que pode mudar a forma como médicos em todo o mundo tratam pacientes com esse tipo de quadro.

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O trabalho, conduzido por pesquisadores da Universidade do Texas (EUA), analisou os dados de mais de 5.400 pessoas.

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O que mostra o estudo

De acordo com os dados, iniciar anticoagulantes orais diretos (DOACs) até quatro dias após um AVC isquêmico causado por fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca, reduz em quase 30% a chance de um novo derrame. E o mais importante: isso sem aumentar o risco de hemorragia cerebral, uma das maiores preocupações em tratamentos anticoagulantes.

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“Este estudo fornece a evidência mais clara até agora de que, na maioria dos casos, não é apenas seguro começar mais cedo, mas também é melhor para os pacientes”, afirma o neurologista Steven Warach, da Dell Medical School da Universidade do TexasWarach.

A pesquisa faz parte da análise chamada CATALYST, que reuniu informações de quatro grandes ensaios clínicos. Entre eles está o estudo START, liderado nos Estados Unidos por Warach.

Por que isso importa

A fibrilação atrial é uma condição comum que afeta o ritmo do coração e está ligada a cerca de 1 em cada 3 casos de AVC isquêmico. Anticoagulantes já são usados com frequência para evitar que novos coágulos se formem, mas o momento certo para iniciar esse tratamento após o primeiro AVC sempre foi alvo de debate.

Na prática clínica, muitos médicos costumam esperar de uma a duas semanas antes de começar os anticoagulantes, com receio de efeitos colaterais graves. No entanto, a pesquisa mostra que essa espera pode não ser necessária.

“É um grande avanço no tratamento do AVC baseado em evidências", aponta o neurologista.

*Com informações do Futurity

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