Internações por doenças respiratórias e dengue desaceleram nos hospitais privados de SP
Sindicato da categoria atribui queda à melhora no tempo de espera e ondas de calor no outono
Casos de internação por dengue e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que são as doenças que comprometem a função pulmonar causadas por vírus, bactérias, fungos e até mesmo por uma gripe avançada, desaceleram nos hospitais privados em São Paulo.
Segundo pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (19), do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), das 81 unidades hospitalares particulares, 43 informaram que não houve aumento de pacientes internados por essas doenças, nos últimos 15 dias.
O estudo foi realizado entre 4 a 14 de junho, com 75% dos hospitais localizados na capital paulista e 25% na Grande São Paulo.
No levantamento realizado no mês passado, 80 hospitais privados registraram aumento nas internações por dengue e SRAG.
O que explica a queda de internações?
Para a Sindhosp, a diminuição das internações ocorreu devido a melhora do tempo de espera para atendimento emergencial. Neste mês, em 68% dos hospitais, o período para ser atendido foi de 1 a 2 horas.
No mês passado, em quase 73% dos estabelecimentos de saúde privados, o período de espera era o dobro, de 2 a 4 horas.
“Ondas de calor em pleno outono podem estar interferindo na incidência da SRAG, pois é típico dessa estação o aumento dessas doenças respiratórias. Ano passado, no mesmo período, registrávamos aumento dessas doenças em nossos hospitais”, afirma Francisco Balestin, presidente do SindHosp.